Em ritmo crescente, balanço comercial do agronegócio apresentou em novembro recorde do mês em relação às exportações, com US$ 8,36 bilhões. Soma foi divulgada pela Secretaria de de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) .
Como explica o órgão, resultado positivo é consequência dos elevados valores médios dos produtos exportados. O índice de preço das mercadorias apresentou o percentual de 22,3% a mais do que em novembro de 2020. Entretanto, o índice de quantum apresentou quebra de 12,7% no mesmo período analisado.
Neste cenário, as importações de produtos do agronegócio cresceram 10,5%, chegando a US$ 1,45 bilhão. O saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 6,9 bilhões e setor contribuiu com 41,2% nas exportações totais brasileiras.
De acordo com analistas da SCRI, o principal destaque do mês foi a soja em grão, com incremento de 80,2% em quantidade, alcançando 2,6 milhões de toneladas no mês analisado. Os preços tiveram incremento de 38,7%, resultando em embarques de US$ 1,32 bilhão (+150%). A China foi o principal país importador da oleaginosa, alcançando 86,2% de todo o volume exportado, com 2,2 milhões de toneladas.
Para os profissionais, dois fatores são fundamentais para explicar o resultado favorável: atraso no plantio e colheita da soja, em função de condições climáticas adversas, e safra recorde da oleaginosa (137,3 milhões de toneladas em 2020/2021). Desta forma, as exportações do grão foram postergadas em 2021, e, em função do recorde de safra, ainda há grãos para a venda externa neste final de ano. Outro fator é a alta do preço médio de exportação do grão: US$ 511/tonelada (+38,7%).
Vale ressaltar que, a última crescente do setor que chegou a um recorde para os meses de novembro foi registrada em 2011, quando as vendas externas somam de US$ 8,31 bilhões.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.
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