Por José Luiz Tejon
Estou em aulas na França, na Audencia Business School de Nantes, em um MBA de dupla diplomação com a Fecap do Brasil, ao lado de estudantes do mundo inteiro. E enquanto estamos na sala de aula, o mundo lá fora se movimenta numa velocidade inigualável e incomparável às nossas referências do passado.
Meio ambiente e carbono se transformaram na essência de tudo o que significa o conceito de agribusiness. E perguntei ao fundador desse conceito, o professor Ray Goldberg, qual o grande conselho que ele daria a todos os líderes do agro para os próximos 30 anos, e ele me disse: “Precisamos reunir o mundo, lutar contra as divisões e polarizações, e o sistema alimentar é o único que tem condições de unir o planeta, pois envolve todas as ciências, e todos os seres humanos, além de significar um legítimo “health system”, um sistema de saúde desde o solo, plantas, animais, pessoas, meio ambiente e a vida como um todo”.
As barreiras comerciais, verdes, ou de outras espécies, aparentam surtir efeitos que protegem determinados locais e produtores. Porém, na velocidade e na inexorável interdependência planetária, os efeitos do protecionismo se voltam contra os “protegidos”, que no papel de vítimas, terminam por vitimizar a quem lhes dá a ilusão da proteção.
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