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ABPO bate recorde em abate de bovinos

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Foto: reprodução

De forma robusta, pecuaristas sul-mato-grossenses associados à Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável (ABPO) bateram novo recorde de abates em 2022. Ao todo, 78.337 cabeças foram destinadas a frigoríficos.

Neste cenário, como destaca a ABPO, o programa do Governo do Estado de MS –  que diminui o ICMS dos produtores que optam por esses sistemas de produção, orgânico ou sustentável, no Pantanal –  resultou em R$ 9,1 milhões em bonificações. Os dados são da – Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

“O volume crescente de abates representa que a classe produtora está cada vez mais engajada em produzir de forma estratégica e consciente. Já os recursos gerados, via desconto do ICMS, deixam claro que políticas públicas eficientes, geram resultados práticos, como a maior produção de proteínas com origem certificada, por meio de um modelo rígido de produção. Esse modelo respeita não só o meio ambiente e as questões sociais, mas também o bolso do empreendedor rural”, conta o presidente da ABPO, Eduardo Cruzetta.

De 2021 para 2022 a área certificada avançou 54,7%, passando de 713.612 hectares, para 1.103.712 hectares. Já o número de associados à ABPO, que administram tais áreas, chegou a 96, ante 38, no período de um ano.

De acordo com a Semadesc, os avanços dos abates têm relação direta com o Programa Carne Sustentável do Pantanal e à adesão do produtores ao Programa, que oferece desconto de ICMS de 50% à produção sustentável e 67% àqueles que optam pelo modelo de produção orgânico. Uma das ações que vai ao encontro da meta de tornar MS carbono neutro, até 2030.

Para o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico e Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, o resultado mostra a sintonia entre governo e a ABPO. “Estes números comprovam a integração e sintonia que existe entre a Associação dos produtores e o Governo do Estado que, juntos, trabalharam na criação do protocolo da carne sustentável do Pantanal. O protocolo trouxe modernos conceitos de sustentabilidade, que atendem tanto o interesse dos produtores como do Estado em garantir uma produção sustentável na pecuária pantaneira”, afirma,

Já o diretor executivo da ABPO, Silvio Balduíno, lembra que neste formato de valorização da pecuária, ganha o consumidor, o produtor rural, o meio ambiente e a sociedade. “Trabalhamos pela valorização desses pecuaristas, que têm aderido ao sistema sustentável de produção em diversos biomas, a exemplo do que acontece no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Toda iniciativa que tenha por finalidade a criação sustentável, e traga dignidade aos profissionais envolvidos, gerando um produto que carregue valores ao consumidor, merece destaque no mercado. Este é um caminho sem volta”, finaliza.

Fonte: ABPO, adaptado pela equipe Feed&Food. 

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