O Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro), calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro), foi revisto e apontou nova crescente para a agroindústria.
Embora tenha sido o menor avanço desde fevereiro – em relação a maio deste ano, houve recuo -, o FGV Agro passou a estimar alta entre 3,2% e 7,4% do PIMAgro no acumulado de 2021, ante intervalo de 1,6% a 6,8% traçado inicialmente.
No primeiro semestre, o avanço foi de 6,9% em relação à igual intervalo de 2020, determinado pelo segmento de produtos não-alimentícios (alta de 18,8%). Na área de alimentos e bebidas, a variação foi negativa (2,5%).
Segundo os analistas do Centro de Estudos, com a pandemia, o indicador desabou durante diversos meses. “Mesmo que a agroindústria não ampliasse efetivamente sua produção neste ano, o setor apresentaria uma taxa de crescimento positiva”, avaliaram.
Alta para não-alimentícios
Segundo o FGV Agro, o indicador registrou variação positiva de 2,8% em junho, sustentado pelo grupo de produtos não-alimentícios, cuja alta foi de 16,3%.
No primeiro semestre, quase todas as áreas analisadas do grupo de produtos não-alimentícios registraram recuperação. A maior foi a da borracha (39,5%), seguida por têxteis (34,6%), insumos (21,1%) e florestais (8,8%). Apenas o índice dos biocombustíveis recuou, 6,8%. No caso dos produtos alimentícios e bebidas, houve queda de 5,7% e avanço de 11,4%, respectivamente.
Alimentos e bebidas em queda
No segmento de produtos alimentícios e bebidas houve nova queda, de 6,8%. O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do IBGE e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.
“O segmento de produtos alimentícios e bebidas deverá apresentar relativa estabilidade em 2021 em relação ao ano anterior. O crescimento não deverá ser tão expressivo porque o segmento cresceu de forma robusta em 2020 (3,3%) – logo, a base de comparação é larga”, afirma o FGV Agro em sua análise. No segmento de produtos não-alimentícios, o avanço previsto para este ano é de 7,6% a 14,1%.
Fonte: Valor Econômico, adaptado ela equipe feed&food.
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