Em contínua movimentação, vendas externas da carne bovina brasileira se mantêm acima de 100 mil toneladas. Como aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, isso já ocorre há quase três anos.
De acordo com o Cepea, até então, a sequência anterior mais longa com os embarques acima dessa quantidade havia sido verificada entre maio de 2006 e junho de 2007, ou seja, por 14 meses. Para os pesquisadores, tal recente cenário “é resultado da demanda internacional – sobretudo chinesa – aquecida”.
Contudo, no campo, a produção brasileira não conseguiu acompanhar o avanço na demanda por carne, como também explica a instituição. “O resultado foi o contínuo aumento nos preços do boi gordo, da reposição e também da carne negociada no mercado atacadista nacional. Em julho de 2018, o valor médio real do boi gordo (valores foram deflacionados pelo IGP-DI) estava em R$ 209, saltando para R$ 219 no encerramento daquele ano. Em 2019, a arroba passou a ser negociada acima de R$ 220 em praticamente todo o ano e, em 2020, superou os R$ 300”.
O Cepea ainda pontua que, nos primeiros cinco meses de 2021, o boi gordo tem sido comercializado em torno de R$ 310. “Na B3, os contratos com vencimento no final deste ano operam na casa dos R$ 330”, finaliza.
Fonte: Cepea, adaptado pela equipe feedfood.
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