Camila Santos I [email protected]
Com anúncios divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o suinocultor brasileiro conferiu bons números na semana iniciada em 6 de outubro. Isso porque as exportações brasileiras de carne suína tiveram um desempenho robusto em setembro de 2024, quando os embarques registraram alta em volume e em receita, projetados principalmente pela forte demanda de países asiáticos como Filipinas e Japão.
De acordo com o Cepea, o Brasil exportou 119 mil toneladas de carne suína em setembro, representando um crescimento de 1,7% em relação a agosto e de 7% na comparação com setembro de 2023. No acumulado de janeiro a setembro, as exportações somaram 980,2 mil toneladas, um aumento de 7,7% frente ao mesmo período do ano passado. O destaque para esse avanço está nos embarques para as Filipinas e Japão, que têm se mostrado mercados dinâmicos e com grande apetite pela proteína brasileira.
Dois dias antes, a ABPA também divulgou que as exportações totais de carne suína de setembro. No levantamento da associação, os embarques ultrapassaram 120 mil toneladas e representaram um dos melhores desempenhos da série histórica do setor. De acordo com a análise, o volume representou um aumento de 7,3% em comparação com o mesmo mês de 2023, e a receita gerada, que totalizou US$ 283,7 milhões, cresceu 15,9% na mesma base de comparação, refletindo o aumento nos preços médios de exportação e a crescente valorização da carne suína brasileira nos mercados internacionais.
Outro ponto destacado por ambas instituições, foi a performance dos estados exportadores. Santa Catarina, líder nas exportações de carne suína, embarcou 62 mil toneladas em setembro, um aumento de 8,5% em relação ao mesmo período de 2023. Outros estados, como Paraná e Rio Grande do Sul, também registraram desempenhos sólidos, reforçando a relevância do setor no agronegócio brasileiro.
Diante desse cenário, o setor pode esperar bons números para o restante deste ano, com expectativas de novos recordes no volume de exportações, como prevê Ricardo Santin, presidente da ABPA. “A demanda por carne suína brasileira, especialmente em mercados como Filipinas e Japão, deve continuar a crescer, consolidando o país como um dos maiores exportadores mundiais dessa proteína. Além disso, o reposicionamento de outros mercados na América Latina, como Chile e México, também contribui para essa trajetória positiva”, afirma.
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