A pecuária é crucial para a economia do país, gerando empregos e fornecendo alimentos de qualidade. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), existem mais de 1,37 milhão de pecuaristas no Brasil, com cerca de 90% sendo micro, pequenos e médios criadores, cada um com uma média de até 100 animais.
Em 2022, o país contava com 234,4 milhões de bovinos, ficando atrás apenas da Índia, segundo o IBGE. Em São Paulo, em 2023, havia mais de 10 milhões de cabeças de gado, das quais 3 milhões foram destinadas ao abate, conforme dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta).
Os pecuaristas têm muitos motivos para celebrar, especialmente com os avanços econômicos que estão em conformidade com práticas sustentáveis e a valorização da diversidade no campo. “A pecuária tem um papel relevante em nossa economia. Ela vem evoluindo com investimentos em tecnologia e gestão, levando-nos a uma pecuária intensiva com maior eficiência dos sistemas de produção”, destaca a administradora e sócia diretora da Fazenda Anamelia, BrangusHP, em Martinópolis (SP), Tita Lancsarics.
Outro aspecto importante é a crescente participação feminina na gestão dos negócios. Segundo o Censo Agropecuário de 2017, cerca de 18% (450 mil) dos estabelecimentos de pecuária têm mulheres à frente. A inserção dessas profissionais muitas vezes ocorre por meio da sucessão familiar, como é o caso de Camila de Almeida, produtora de queijos premiados internacionalmente. “Eu sou mestre em ciência e tecnologia de leite e derivados, mestre queijeira e administradora. Sou neta de produtores rurais, então já nasci no mundo rural e convivo com tudo que envolve o agronegócio”, ressalta Camila.
Para a proprietária da Fazenda do Engenho, em Pirajuí, Érika Bannwart, que administra a produção junto com a irmã, Verena Bannwart, a gestão feminina tem sido inovadora, apesar da resistência ainda encontrada por parte dos profissionais do setor. “Eu sou da terceira geração de produtores rurais e assumi o gerenciamento desde nova ajudando meu pai. A minha rotina é intensa, já que somos enxutos de mão de obra de funcionários. Por isso, eu participo, diretamente, em tudo o que acontece no curral, seja na apartação, vacinação, inseminação, por exemplo”, explica Érika.
A Fazenda do Engenho foi a primeira no Brasil a receber novos modelos de identificação para bovinos vacinados contra a brucelose. Em fevereiro deste ano, o governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, apresentou uma alternativa à marcação a fogo para bezerras vacinadas, utilizando identificadores na orelha dos animais. “Bem-estar animal significa segurança jurídica e valoriza a pecuária paulista”, destaca o secretário de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento de SP, adaptado pela equipe FeedFood.
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