Revista FEED & FOOD | Digital

Março 2023 | 191

Mensagem da editora

Sustentabilidade é um tema inerente ao nosso agronegócio.
Quem é do setor sabe que muito já é feito e falta um reconhecimento por parte da sociedade.
Um agronegócio baseado em dados pode suprir essa lacuna e tornar tangível a já implementada sustentabilidade do agro brasileiro.
Dados brutos são a nova matéria-prima, uma verdadeira commodity dos novos tempos. E talvez seja a mercadoria futura mais valiosa do mundo, devido a sua capacidade de trazer uma visão mais clara de situações complexas.
O pensamento acima parte de José Simeone, entusiasta da chamada “Smart Farming”, ou a agricultura inteligente.
Além de propiciar total transparência no processo produtivo, essa verdadeira revolução mira elevar a produtividade no campo com os mesmos recursos, ou até menos.
Trilhar esse caminho é impossível sem a implementação de novas tecnologias e uma cooperação entre os diversos elos da cadeia produtiva. Não há como avançar sem o empenho de cada um: produtores, programas de gestão, nutrição, saúde, genética, indústria transformadora, dentre outros. Cada um desempenha um papel fundamental nesse processo.
Enquanto cada vez mais a demanda por alimentos cresce, os recursos se tornam mais escassos. Além da produtividade, um cenário de Indústria 4.0 também gera benefícios em relação ao bem-estar animal e dos colaboradores, visto que tarefas muitas delas repetitivas e que dependem hoje de humanos, serão desempenhadas por máquinas e robôs.
Contudo, isso não significa uma completa substituição do ser humano no futuro. Ainda há diversas etapas do processo produtivo, como no manejo dos animais, que requerem a habilidade e a sensibilidade humana.
O agro 4.0 já é uma realidade e se apresenta em constante expansão. Essa mudança vem acompanhada de uma presença cada vez maior de jovens e mulheres no campo. A diversidade precisa ser valorizada; e não combatida. Nesse nosso mundo de avanços tecnológicos rápidos e mercados em constante oscilações, todos precisam se adaptar.
Assim, o nosso presente indica claramente como será o futuro: a escassez de mão de obra no campo e a necessidade por aumento de produtividade, sem dúvidas, gera uma demanda crescente para a digitalização e otimização dos dados obtidos com foco em produtividade, redução de custos e segurança alimentar.
Nesse sentido, encerro aqui com uma frase de Everton Gubert: “Tudo que puder ser automatizado, será. Tudo que puder ser digitalizado, será”.

João Paulo Monteiro
Editor

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