O agronegócio desempenha papel estratégico na economia global, e seu crescimento sustentável é essencial para alimentar a crescente população mundial.
Os países em desenvolvimento, muitos dos quais possuem recursos agrícolas abundantes, têm a oportunidade de impulsionar o setor e se tornarem players-chave no comércio internacional de alimentos.
No entanto, enfrentam desafios significativos, como infraestrutura precária e acesso limitado a tecnologias, além de barreiras comerciais impostas pelos países desenvolvidos.
Nesse cenário, a cooperação Sul-Sul surge como uma resposta a esses desafios. Ela envolve a troca de experiências, tecnologias, conhecimentos e recursos entre os países do chamado Sul Global, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico e social de forma conjunta.
No contexto do agronegócio, essa cooperação se torna ainda mais relevante, pois permite que essas nações compartilhem boas práticas de produção, promovam o desenvolvimento de cadeias produtivas e fortaleçam a capacidade de produção e exportação.
Um exemplo positivo dessa diplomacia é a relação da pecuária brasileira com a China. A regra estabelecida pelos chineses exige animais com menos de trinta meses; tal exigência teve um impacto significativo na cadeia de produção brasileira e impulsionou a eficiência do setor.
E o futuro aponta para uma maior cooperação entre países do Sul Global. Quem diz isso é Fernando Sampaio, diretor de Sustentabilidade da Abiec, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes.
Para ele, o fenômeno de urbanização e aumento de renda do chinês já se repete em países do Sudeste Asiático e, em certa medida, será observado também no continente africano.
A relação é direta: a renda aumenta, o consumo de carne também sobe. Nesse contexto, o Brasil se apresenta como o lugar ideal para atender a esta demanda de forma sustentável.
A cooperação Sul-Sul pode ser determinante na busca de um agro cada vez mais sustentável e central diante do desafio da segurança alimentar. Nesse contexto, é fundamental fortalecer parcerias e incentivar a colaboração. Esse é o caminho para construirmos um futuro mais próspero e equitativo para todos.