Em abril, o mercado de carne brasileira apresentou uma notável alta nas exportações, tanto para as suínas quanto para as de frangos. Os embarques refletem a demanda crescente por produtos de qualidade nos mercados internacionais.
Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações brasileiras registraram aumento de 7,8% para carne suína, considerando todos os produtos, com 112,7 mil toneladas no mês. Já as de frango ultrapassaram 10,5%, com 480,7 mil toneladas – melhor resultado da série histórica do setor.
Em receita, as exportações de carne suína no mês chegaram a US$241,8 milhões, com saldo 3,8% menor em relação ao mesmo período de 2023, com US$251,3 milhões. Por outro lado, houve alta de 5% nos embarques da carne de frango, com US$882,2 milhões, contra US$840,3 milhões.
“A demanda internacional tem influenciado positivamente os preços ao longo deste ano, que apresenta uma recuperação significativa entre janeiro e abril. Ao mesmo tempo, o bom ritmo das exportações deverá se manter, estabelecendo patamar de embarques acima das 100 mil toneladas”, avaliou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Entre os meses de janeiro e abril deste ano, as exportações de carne suína somaram 402,1 mil toneladas, volume 6% maior que o acumulado anteriormente, com 379,4 mil toneladas. No período, a receita comparativa chegou a U$839,6 milhões, número 6,5% menor que o do ano passado, com US$897,7 milhões.
Ainda considerando o primeiro quadrimestre de 2024, os embarques de carne de frango totalizaram 1,701 milhão de toneladas, volume 2,8% menor na comparação, com 1,749 milhão de toneladas. No mesmo período, a receita deste ano somou US$ 3,024 bilhões, saldo 11,4% menor que o total obtido em 2023, com US$ 3,413 bilhões.
De acordo com presidente da ABPA, o desempenho das exportações de carne de frango em abril reequilibra as expectativas e mantém as projeções positivas do setor para o ano, mesmo diante de adversidades internas, como a Operação Padrão.
“Acompanharemos os efeitos decorrentes das inundações no Rio Grande do Sul no próximo mês, tendo em vista que é um estado relevante para as exportações. As empresas manterão a resiliência em produzir, abastecer o estado e os embarques, ao mesmo tempo em que se focarão no apoio à recuperação das comunidades gaúchas”, frisou Santin.
Fonte: ABPA, adaptado pela equipe FeedFood.
LEIA TAMBÉM:
Embrapa apresenta estratégias de suporte para RS
Estado de emergência zoossanitária foi prorrogado para gripe aviária