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AQUICULTURA

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Tecnologia aprimora produção do pirarucu em cativeiro

Ferramenta contribui para monitorar e rastrear diversidade genética da espécie
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Na busca por atender à crescente demanda por proteína animal, a aquicultura emerge como uma das indústrias mais promissoras e importantes do mundo. No entanto, para garantir sua sustentabilidade e maximizar seu potencial de produção, a indústria da aquicultura depende cada vez mais da pesquisa e ciência genômica. 

Ao compreendermos melhor os genomas das espécies aquáticas, podemos desbloquear uma gama de oportunidades, desde o aprimoramento da resistência a doenças até o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade dos produtos aquáticos. Assim, a pesquisa genômica não apenas impulsiona a evolução da aquicultura, mas também abre novos horizontes para uma produção alimentar sustentável e eficiente para as gerações futuras.

Por isso, a Embrapa anunciou, dentre os lançamentos em comemoração aos seus 51 anos, o ArapaimaPLUS, mais uma ferramenta da família AquaPLUS, desenvolvida pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF). 

“Contribuir com o produtor é a nossa bandeira”, pontua Alexandre Caetano (Foto: reprodução)

A plataforma passa a abranger o pirarucu (Arapaima gigas), especialmente para produção em cativeiro. De acordo com o informado pela Embrapa, a nova tecnologia traz soluções para os processos de gestão, uso, seleção e melhoramento genético de matrizes dessa espécie de peixe, prezando pela simplicidade, praticidade, baixo custo de adoção e alto retorno no investimento por parte do público-alvo.

O pesquisador Alexandre Caetano, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do ArapaimaPLUS, explica que o teste genômico útil para análises de paternidade, parentesco, identificação individual e variabilidade genética para o pirarucu pode ser aplicado ao gerenciamento genealógico de plantéis de reprodutores utilizados na piscicultura para reproduzir a espécie.

“A solução oferece todas as aplicações básicas que as outras ferramentas têm – como manejo genético e análise genética de reprodutores –, mas também tem potencial para dar suporte aos processos de rastreabilidade e monitoramento de populações selvagens e produtos da pesca”, afirma Caetano.

Por uma série de fatores, a produção de pirarucu em cativeiro ainda não “decolou” no Brasil. Desafios técnicos básicos relacionados à reprodução e ao manejo do animal ainda persistem, conta o pesquisador. 

“A tilápia (Oreochromis niloticus), por exemplo, a espécie mais criada em cativeiro no País, se reproduz sozinha, com menos de um ano de idade”, comenta e acrescenta: “Mas espécies nativas, como o pirarucu e o tambaqui (Colossoma macropomum), não se reproduzem com facilidade em cativeiro e são necessários anos até que atinjam a idade reprodutiva”.

A Embrapa também está em fase de validação do desenvolvimento de plataformas para peixes como pirapitinga (Piaractus brachypomus) e pacu (Piaractus mesopotamicus). “Já temos demanda para outras espécies, como matrinxã (Brycon cephalus) e dourado (Salminus brasiliensis). Em princípio, vamos ter tecnologias para todas as espécies de interesse da aquicultura brasileira. Contribuir com o produtor é a nossa bandeira”, finaliza Caetano.

Interessados nos serviços de análise com a ferramenta ArapaimaPLUS, ou com qualquer outra ferramenta da família AquaPLUS, podem entrar em contato pelo telefone +55 (61) 3448-4662 ou pelo e-mail [email protected].

Fonte: Embrapa, adaptado pela equipe FeedFood.

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