Um projeto que inicialmente buscava apoiar comunidades locais por meio da produção de vegetais e pequenos animais para consumo, demonstrou um grande impacto no fortalecimento das economias locais, com isso, agora está prestes a ganhar uma nova dimensão ao ser reproduzida em escala nacional.
O Sisteminha Comunidades, originalmente desenvolvido nos laboratórios da Universidade Federal de Uberlândia, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais e otimizado pela Embrapa, é uma tecnologia capaz de combater a fome no campo.
Segundo o secretário de Territórios e Sistemas Produtivos Quilombolas e Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira, a rede não se limitará a mil famílias, esse é somente um número projetado, o qual se aproxima dos R$14 milhões iniciais de investimento do Ministério.
“Queremos que o projeto continue crescendo e garantindo segurança alimentar de muito mais pessoas“, relatou Edmilton durante a abertura de uma oficina direcionada a estruturação da rede, realizada em Brasília ao longo de 3 dias.
A iniciativa, já aplicada anteriormente em comunidades no Brasil e na África, será ampliada por meio de ações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), com o auxílio da Embrapa, Institutos Federais de Educação Técnica e outras instituições em nível nacional dentro de 36 meses.
“Estamos com trabalhos com a comunidade quilombola Kalunga, com povos indígenas e grupos sociais de mulheres. Estamos reformulando a transferência de tecnologia para que as soluções cheguem cada vez mais a esses públicos”, destacou a diretora de Negócios da estatal, Ana Euler.
Já o pesquisador da Embrapa Cocais (MA), Luiz Carlos Guilherme, criador do Sisteminha, explicou que a tecnologia foi idealizada para ser uma solução efetiva ao problema da fome, com a qual a comunidade é capaz de produzir o próprio alimento. “É voltado a qualquer cidadão que queira aumentar a diversidade de alimentos seja no meio rural, urbano e periurbano”, pontuou.
Fonte: Embrapa, adaptado pela equipe FeedFood.
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