Uma iniciativa que busca otimizar a produção agropecuária de forma sustentável foi anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
A recente aprovação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a Pecuária foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) por meio da Portaria nº 8/2024, na última terça-feira (05). O zoneamento agrícola da pecuária entrará em vigor a partir de 1º de abril de 2024.
O objetivo do ZARC Pecuária é identificar as áreas com menor risco climático e definir as melhores regiões para produção de bovinos pastejando Capim-marandu no Brasil, em sistema de cultivo de sequeiro.
Em cada município, o zoneamento também define três indicadores de risco para diferentes classes de água disponíveis no solo e de taxa de lotação, visando reduzir as perdas de produção e obter produtividades mais elevadas.
Os indicadores de risco climático foram estimados a partir dos modelos: Produção Primária de Forragem e de Déficit de Forragem Cumulativo. Já a base de dados meteorológicos utilizada é composta por dados diários de precipitação, temperaturas máxima e mínima, radiação solar, umidade relativa e vento.
Os resultados são gerados considerando um manejo agronômico adequado para o bom desenvolvimento, crescimento e produtividade da cultura, compatível com as condições de cada localidade. O que pode resultar em perdas graves de produtividade ou agravar perdas geradas por eventos meteorológicos adversos, são as falhas ou deficiências de manejo de diversos tipos, desde o manejo do pastejo e da fertilidade do solo até o manejo de pragas e doenças ou escolha de cultivares inadequados para o ambiente edafoclimático.
Contudo, se torna indispensável respeitar as recomendações técnicas de cultivo e uso do Capim-marandu; utilizar tecnologia de produção adequada para a condição edafoclimática; controlar efetivamente as plantas daninhas, pragas e doenças durante o cultivo; adotar práticas de manejo do pastejo e de manejo e conservação de solos.
A aprovação do ZARC está limitada para o Distrito Federal e mais 17 estados, entre eles os seguintes: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Alagoas, Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Tocantins, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná, devido a metodologia utilizada que abrange as regiões de Cerrado e Mata Atlântica, não podendo ser extrapolada para regiões do semiárido, amazônica e determinadas regiões subtropicais do Brasil.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe FeedFood.
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