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Operação compara peixe comercializado com informações do rótulo

Auditores fiscalizam fraudes no comércio para a Semana Santa
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Woman Choosing Fish

Responsáveis por monitorar e avaliar toda a cadeia produtiva, os auditores fiscais federais agropecuários asseguram que os alimentos atendam aos mais rigorosos padrões de qualidade e segurança alimentar, desde a produção até o consumidor final. 

Em períodos sazonais, por exemplo, a atuação desses auditores é essencial para garantir que os produtos estejam em conformidade com as normas sanitárias, proporcionando tranquilidade e confiança aos consumidores.

Um exemplo disso é a operação realizada com a aproximação da Semana Santa. Nela, auditores fiscais federais agropecuários promoveram uma fiscalização de pescados para verificar a ocorrência de fraude por substituição de espécies – quando uma indústria embala um pescado diferente do que é declarado no rótulo. 

 A ação tem tido resultados expressivos nos últimos anos, com o percentual de não conformidade nos pescados tendo tido redução de 22% em 2015, quando teve início a ação, para 1,9% em 2022, último número consolidado do setor.

Operação é realizada pela categoria neste período do ano desde 2015, tendo como resultado uma redução significativa de fraudes ao consumidor (Foto: divulgação) 

Para a realização da inspeção, os auditores realizaram coletas de amostras de produtos processados em estabelecimentos sob SIF ou regularmente importados entre os dias 26 e 27 de fevereiro. A ação foi realizada em todas as regiões do Brasil, com a coleta de até 15 amostras por cada um dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SIPOAs).

As amostras foram coletadas diretamente nos pontos de venda dos produtos acabados, ou seja, no ponto final para o consumidor, como supermercados, peixarias e delicatessens, dentre outros. Elas são encaminhadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) de Goiás, onde passam por análises do sequenciamento genético do DNA.

Isso porque a fraude normalmente se dá pelo interesse de algumas indústrias venderem um peixe de menor valor comercial como se fosse um de qualidade superior. “Podemos citar como exemplos a substituição de bacalhau do porto (Gadus mohua) por Ling ou Zarbo (de qualidade inferior) ou embalar Panga como se fosse linguado”, detalhou o auditor Fiscal Federal Agropecuário, Paulo Humberto de Lima Araújo.

“São escolhidas para a coleta amostras de pescado consideradas espécies alvo, isto é, espécies de maior valor comercial onde as fraudes de substituição de espécies possuem maior probabilidade de ocorrência”, detalhou Paulo.

Fonte: Anffa, adaptado pela equipe FeedFood.

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