Wellington Torres, de casa
Atenta aos desdobramentos acerca dos debates referentes à Salmonella spp, a Bio-Rad realizou, nesta quarta-feira (20), um novo episódio da série de webinars “Patógenos de Interesse para Segurança dos Alimentos”. O encontro contou com a apresentação do especialista de Aplicação em Campo da empresa, Marcelo Silva.
Durante a iniciativa, o profissional, que é bacharel em Ciências dos Alimentos pela ESALQ-USP e mestre em Ciências pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, destacou a biologia do microrganismo, os alimentos associados, as características e estatísticas de ocorrência da DTA, assim como as medidas preventivas na produção e comercialização de alimentos, os métodos de análise e os parâmetros segundo a legislação vigente.
Segundo Silva, é de suma importância destacar que a Salmonella – popularmente atrelada à carne de frango e ovos – pode ser detectada em qualquer tipo de alimento: “Ela pode contaminar a carne bovina, produtos lácteos, alimentos prontos para consumo, pescados, frutas e hortaliças, assim como produtos secos, como amendoins, e chocolates”.
O patógeno, como também reforçou o especialista, necessita de atividade de água de, no mínimo, 0,94 para se multiplicar, mas consegue sobreviver em alimentos com atividade acima de 0,2. Neste cenário, a fim de prevenir a contaminação, se faz necessário o emprego de práticas que evitem a entrada dele na cadeia produtiva de alimentos.
“Ele é um patógeno do trato intestinal, sendo assim, as fezes de animais podem contaminar rios e campos de produção. Como os rios podem servir para irrigar os produtos, há possibilidade de contaminá-los através da água”, salientou ao reforçar que “estudos mostram que a Salmonella pode sobreviver em água de irrigação por longos períodos”.
Entre as ações apontadas pelo profissional, se encontram as boas práticas agrícolas e veterinárias, como vacinas, utilização de adubo compostado e tratamento de água.
Perante os métodos de análise facilitadores dentro da cadeia de alimento, Marcelo frisou duas categorias: a convencional e a alternativa. A primeira está atrelada às metodologias padrões, estipuladas por organismos de controle internacionais, como a ISO, já a segunda, com capacidade igual ou superior de comprovação, apresenta acessibilidade maior e curto prazo para resultados, reduzindo o número de amostras que precisam passar por processo confirmatório em testes clássicos.
“A Bio-Rad trabalha com uma série de métodos alternativos e todos eles são validados por organizações internacionais. Isso é importante, pois os laboratórios podem passar a utilizá-los para análises microbiológicas com respaldo na RDC 331/2019 da ANVISA”, alertou.
Atualmente, a empresa oferta uma série de métodos e ferramentas para a realização de análises assertivas, como PCR em tempo real e os kits iQ-Check, meios de cultura cromogênicos e antissoros. Para saber mais sobre como ela pode ajudar nessa e em outras análises, clique aqui e consulte o site oficial da empresa, assim como suas redes sociais (Instagram | Linkedin).
Vale ressaltar que o episódio está inserido no Programa Educacional de Food Science da empresa, que tem objetivo oferecer recursos para os profissionais que buscam melhorar a qualidade de análises no setor de Segurança dos Alimentos.