A Universidade de Passo Fundo (UPF) dará início a um projeto pioneiro no Brasil: a criação de um centro de inteligência artificial para monitoramento da qualidade do leite em todas as etapas da produção. A iniciativa, que integra o Laboratório de Serviços de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle), contará com R$ 7 milhões em investimentos provenientes da Finep e do CNPq. Os recursos também serão utilizados na modernização de outros laboratórios da instituição e no financiamento de bolsas de pesquisa para 24 projetos aplicados à indústria.
“Não há no Brasil um sistema de monitoramento tão abrangente e seguro. Com esse avanço, damos um passo importante para a profissionalização da cadeia leiteira”
O novo centro utilizará inteligência artificial para análises avançadas que vão além das exigências legais atuais, considerando fatores como condições ambientais, características do solo, alimentação e bem-estar dos animais. “Com os equipamentos adquiridos, será possível monitorar cada animal e fornecer dados para toda a cadeia produtiva, garantindo produtividade, eficiência econômica e sustentabilidade ambiental”, explica o professor Carlos Bondan, coordenador do curso de Medicina Veterinária da UPF e líder do projeto.
A proposta visa tornar o Rio Grande do Sul referência em produção leiteira, alinhando-se a padrões de monitoramento já existentes em países como Estados Unidos, Canadá e membros da União Europeia. Segundo Bondan, o projeto, coordenado pelo professor Ricardo Zanella, será conduzido por uma equipe multidisciplinar e terá o apoio de entidades e associações do setor leiteiro. “Não há no Brasil um sistema de monitoramento tão abrangente e seguro. Com esse avanço, damos um passo importante para a profissionalização da cadeia leiteira”, afirma o professor.
Além do Sarle, os investimentos contemplam a modernização do Centro de Pesquisa em Alimentação (Cepa) com novos equipamentos, como microscópio eletrônico de varredura e biorreatores. A UPF também destinará R$ 2 milhões em bolsas do Programa de Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação (MAI/DAI), incentivando projetos alinhados às necessidades da indústria brasileira.
Fonte: UPF, adaptado pela equipe FeedFood.
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