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Sustentabilidade e bem-estar são prioridades para os próximos anos

Catarina Leão I especialista em Marketing para o Agronegócio
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Recentemente assumi um novo desafio na área de marketing de uma grande empresa de nutrição animal, e isso me motivou a escrever sobre esse tema hoje. Pensei nisso justamente por perceber que as demandas por sustentabilidade e bem-estar animal têm se consolidado como prioridades que definem as tendências deste mercado para os próximos anos. Empresas de todo o setor estão ajustando suas estratégias para responder à exigência de práticas produtivas que minimizem impactos ambientais e promovam a saúde e o bem-estar dos animais. Com isso, a nutrição animal torna-se um componente estratégico essencial para a construção de cadeias de valor mais sustentáveis, estimulando o desenvolvimento de soluções que equilibram produtividade e responsabilidade ambiental.

Uma das principais tendências emergentes é o uso de ingredientes alternativos que produzam efeitos tão bons ou melhores quanto os já utilizados, mas que ganham espaço como forma de diminuir a pressão sobre os recursos naturais e alinhar o setor às expectativas dos consumidores e reguladores. Outra tendência que também está moldando o mercado é a demanda por bem-estar animal, cujo incentivo ao uso de soluções que respeitam o comportamento e a saúde dos animais influenciam no desenvolvimento de formulações mais naturais e de alta digestibilidade. Produtos que reduzam o estresse e melhorem a imunidade tornam-se diferenciais competitivos, por exemplo, visto que consumidores e mercados estão cada vez mais atentos às práticas que promovam o bem-estar no ciclo produtivo. Essa nova abordagem não apenas gera valor para o produto final, mas também contribui para a eficiência produtiva, conversão alimentar e saúde dos animais.

Mas do ponto de vista de marketing, como podemos trabalhar isso?

Catarina Leão é especialista em Marketing para o Agronegócio

Definitivamente o marketing de conteúdo tem sido uma ferramenta fundamental para empresas comunicarem essas inovações ao público-alvo. Através de campanhas que destacam dados técnicos e benefícios econômicos, as empresas conseguem educar o mercado e construir uma imagem de transparência e compromisso. Outro aspecto importante é a parceria com institutos de pesquisa e universidades, que validam as inovações e fortalecem a credibilidade das informações apresentadas. Essa validação científica ajuda na aceitação de produtos que, embora inovadores, precisam ser compreendidos pelo setor para serem adotados em larga escala. Obviamente que as empresas que possuem um bom corpo técnico, bem como laboratórios de alta tecnologia e precisão poderão também corroborar informações que serão divulgadas ao mercado, tornando o trabalho do marketing ainda mais fundamentado.

As estratégias de marketing digital também evoluíram para acompanhar essas tendências. Com o aumento do acesso à internet no campo e as novas gerações assumindo a gestão das empresas produtoras, o setor de nutrição animal têm utilizado plataformas digitais para compartilhar conteúdos educativos, como webinars e podcasts, que abordam temas de sustentabilidade e bem-estar animal. Essas iniciativas ajudam a posicionar as empresas como líderes formadoras de opinião, atraindo um público interessado em aprimorar suas práticas e se alinhar às tendências globais do agronegócio. As redes sociais, nesse contexto, funcionam como canais diretos de comunicação e troca de informações, permitindo um engajamento contínuo com produtores e demais stakeholders.

A transição para um modelo de produção mais sustentável e focado no bem-estar animal será um diferencial estratégico no setor de nutrição animal. Empresas que investem em inovação, adotam práticas de comunicação transparentes e se comprometem com o suporte técnico ao cliente estão em posição de liderar o mercado nos próximos anos. O cenário indica que a sustentabilidade e o bem-estar não são apenas tendências passageiras, mas pilares que continuarão a influenciar a indústria, impulsionando uma transformação em toda a cadeia produtiva e fomentando práticas que garantam competitividade, eficiência e responsabilidade no agronegócio.

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