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MERCADO

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Soja encerra 2024 em queda e inicia 2025 com perspectivas positivas de produção

Cotações caem na CBOT e no mercado interno, enquanto safra sul-americana avança com recordes esperados no Brasil
Por Equipe Feed&Food


O mercado da soja registrou queda significativa em 2024, encerrando o ano com desvalorização de 22% na média da Bolsa de Chicago (CBOT) e 11,2% no mercado interno brasileiro. Em dezembro, os preços em Chicago fecharam a USD 9,83/bu, queda de 1,2% em relação a novembro, marcando a terceira retração mensal consecutiva. No Brasil, o preço médio em Paranaguá foi de R$ 140,7/saca, reflexo da desvalorização na CBOT e da redução nos prêmios de exportação.

O principal fator para essa tendência foi o panorama positivo da safra na América do Sul, que deve adicionar 20 milhões de toneladas de soja ao mercado global em relação à temporada anterior. Segundo a Conab, a produção brasileira foi revisada para 170,1 milhões de toneladas na safra 2024/25, acima dos 169 milhões projetados anteriormente. A expectativa é que o país exporte um recorde de 105 milhões de toneladas neste ciclo, superando as 101,8 milhões de toneladas embarcadas em 2022/23.

Na Argentina, o plantio atingiu 92,7% da área prevista de 18,4 milhões de hectares, com 53% das lavouras avaliadas como boas ou excelentes. A produção do país foi revisada para 52 milhões de toneladas, um aumento de 4 milhões em relação à safra anterior. Já nos Estados Unidos, a estimativa permanece em 121,4 milhões de toneladas, contribuindo para uma ampla oferta global.

América do Sul deve adicionar 20 milhões de toneladas de soja ao mercado global em relação à temporada anterior (Foto: Reprodução)

Apesar das boas condições de desenvolvimento em grande parte do Brasil, o clima segue como ponto de atenção. Excesso de chuvas no Centro-Oeste pode atrasar a colheita, enquanto o Sul do país enfrenta calor e seca que podem impactar a produtividade. No Mato Grosso, principal estado produtor, a colheita já começou de forma lenta, com 0,5% das áreas colhidas, mas deve ganhar ritmo entre o final de janeiro e meados de fevereiro. O setor aguarda com otimismo a confirmação da grande safra para sustentar o mercado interno e ampliar os embarques ao exterior.

Fonte: Itaú BBA, adaptado pela equipe FeedFood.

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