A Comissão Científica do Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), em um levantamento amplo sobre o setor brasileiro de 2023, relatou que a suinocultura é tradicionalmente conhecida como uma atividade desafiadora e que as crises fazem parte para aprenderem a ser resilientes e a reinventarem as formas de como trabalhar.
Para o presidente da SBSS, Paulo Bennemann, o ano foi marcado por certa estabilidade do preço pago ao produtor, também foi definido pelo instável e relativamente alto custo dos insumos, principalmente entre o milho e o farelo de soja, como resultado de um período de margens reduzidas, até mesmo negativas.
“Ao final do primeiro semestre, com o recuo do custo dos insumos, o quadro se ajustou e a cadeia pôde adaptar-se a um cenário ligeiramente favorável, porém ainda desafiador em função de preços médios da composição de custos do suíno”, destacou o médico veterinário.
Ainda de acordo com o presidente da SBSS, o maior desafio de 2023 foi a sustentabilidade do setor, manter o equilíbrio entre o custo e a produção. “Em um cenário de margem zero, a busca por redução de perdas ao longo da cadeia é fundamental. Ser mais eficiente se torna o foco do negócio”.
Apesar das adversidades, as exportações de carne suína superaram em 10% o número alcançado em 2022, ultrapassando a marca de mais de 1 milhão de toneladas, com Santa Catarina sendo o principal estado exportador, um feito positivo para o setor, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal.
Para 2024 as projeções mostram um cenário com maior estabilidade em relação às variações de preços dos insumos. A projeção da Consultoria Cogo Inteligência Agro de consumo brasileiro para a carne suína é de 21 kg/habitante/ano, número significativamente inferior quando comparado com os das proteínas de frango (49 kg) e bovina (32 kg).
“O Brasil é o quarto maior produtor mundial de carne suína e o quarto maior exportador desta proteína. Somos bons no que fazemos, produzimos uma proteína animal de alta qualidade, com segurança alimentar e de forma sustentável”, concluiu Bennemann.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe FeedFood.
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