Em 2023, a produção aquícola no Brasil registrou um crescimento de 6,2%, impulsionando o setor a gerar R$10,2 bilhões. O aumento reflete a crescente demanda por proteínas alternativas e também os avanços nas práticas de cultivo e manejo sustentável.
Nesse cenário, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou a Pesquisa da Pecuária Municipal 2023, que analisa os dados sobre as espécies cultivadas no Brasil através da aquicultura, além das produções de leite, ovos de galinha e codorna, mel de abelha, lã bruta e casulos de bicho-da-seda, servindo como a principal fonte de informações para essas economias.
De acordo com a pesquisa, a aquicultura teve um crescimento de 16,6% de 2022 para 2023, gerando R$10,2 bilhões. A produção de peixes ultrapassou 655 mil toneladas, estabelecendo um novo recorde. A carcinicultura, por sua vez, produziu mais de 127 mil toneladas de camarões, com um aumento de 13% em relação ao ano anterior e uma valorização de R$2,63 bilhões.
“A tilápia é o peixe mais produzido no Brasil devido a diversas características como sua rusticidade e adaptabilidade a diferentes regiões; qualidade de sua carne e ausência de espinhas; além de ser o peixe que possui maior pacote tecnológico já desenvolvido”, avaliou o diretor do Departamento de Desenvolvimento e Inovação da Aquicultura do MPA, Paulo Faria.
Com isso, em 2023, sua produção correspondeu a 67,5% do total de espécies produzidas, e o município que se destacou como o maior produtor da piscicultura foi Morada Nova de Minas (MG), que aumentou exponencialmente sua produção e, agora, responde por 3,1% da fabricação nacional.
Já na carcinicultura, 99% da produção está concentrada na Região Nordeste, com o Ceará respondendo por 57% e o Rio Grande do Norte por 19,4%, enquanto Santa Catarina se destaca como o principal produtor de ostras, vieiras e mexilhões, na malacocultura. Em 2023, essa produção alcançou 8,7 mil toneladas, gerando um valor de R$102,5 milhões.
Fonte: MPA, adaptado pela equipe FeedFood.
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