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Saiba como combater as micotoxinas na nutrição

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Foto: reprodução
Análises de grãos integradas a boas práticas de produção de rações são essenciais para evitar prejuízos

A presença de micotoxinas, substâncias químicas tóxicas produzidas por fungos, nas rações animais está diretamente ligada à queda de produtividade do animal e rentabilidade do produtor rural. Isso porque os alimentos, muitas vezes, estão contaminados com mais de uma variedade de micotoxinas que, juntas, afetam diretamente a saúde dos rebanhos,  levando ao baixo ganho de peso, piora na conversão alimentar, diminuição do consumo pelo animal, podendo levar até a morte.

Segundo o médico veterinário Maurício Rocha, gerente nacional para petfood, aquicultura e suinocultura da Alltech na América Latina, a cadeia produtiva animal já possui essa consciência, entretanto, a busca por redução de custos pode colocar o gerenciamento deste inimigo invisível em segundo plano. “Por isso, independentemente do cenário, sempre indicamos que o produtor o implemente ou reinicie um programa de controle total de micotoxinas dentro de sua produção”.

A orientação do especialista, neste caso, é ir além de uma escolha de análises mais completas de grãos, mas gerar integração entre elas e boas práticas de produção de alimento para animais. O programa deve incluir monitoramento de qualidade de recebimento de grãos e cereais e do armazenamento destas matérias-primas, bem como o controle de produção. Rocha destaca ainda que a todo este monitoramento inclui-se o controle de pontos críticos desde o recebimento até a entrega do alimento.

Para auxiliar no combate a micotoxinas, o médico veterinário também lembra que a aplicação de adsorventes nas rações é aliada do produtor, já que diminuem a absorção das substâncias, evitando os efeitos danosos na saúde e na performance dos animais. “Entretanto, na hora de escolher a solução é importante ter conhecimento de quais micotoxinas estão presentes no alimento, bem como a sua quantidade por amostra, a quantificação de risco equivalente destas micotoxinas sobre a saúde dos animais, e estar atento à composição, grau de eficiência e trabalhos científicos sobre este adsorvente”, complementa.

Confira, abaixo, como as micotoxinas podem impactar em cada criação:

Aquicultura: danos aos órgãos (no fígado e/ou nos rins e lesões nas escamas); reprodução (alteração na produção de ovas, sobrevivência embrionária reduzida e baixa qualidade de esperma); imunidade (suscetibilidade a doenças e aumento de índices de sobrevivência); saúde intestinal (diminuição ou recusa alimentar, danos e lesões no trato intestinal, alteração da flora intestinal) e desempenho (baixa eficiência, redução do índice de crescimento e menor ganho de peso).

Bovinocultura de corte: danos aos órgãos (no fígado e/ou nos rins, inchaço nos membros e/ou no úbere); reprodução (alteração dos estros, baixas taxas de concepção, ovário cístico, mortalidade embrionária e baixa qualidade de esperma); imunidade (suscetibilidade a doenças, diminuição na resposta a vacinas); produção de carne (diminuição no índice de crescimento e baixa eficiência alimentar), alterações na fermentação ruminal (função do rúmen comprometida, menor crescimento microbiano, queda na digestibilidade dos alimentos).

Bovinocultura de leite: produção de leite (redução na produção de leite, contaminação do leite por Aflatoxina M1); reprodução (alteração do ciclo estral – cio -, baixa taxa de concepção, mortalidade embrionária e ovários císticos); saúde intestinal (hemorragia intestinal/fezes com sangue, função do rúmen comprometida, redução da ingestão de fibras, alteração da produção de ácidos graxos voláteis e sintomas de acidose); imunidade (maior suscetibilidade a doenças, diminuição na resposta das vacinas e aumento no teor de células somáticas) e danos nos órgãos (danos no fígado e rins, lesões na pele, inchaço nos membros e no úbere).

Avicultura de postura: reprodução (menor produção e qualidade de ovos); saúde intestinal (danos à integridade intestinal, diminuição da ingestão alimentar, baixa digestão intestinal e absorção de nutrientes, qualidade de fezes inconsistente e necrose enterite/infecção por bactérias); imunidade (baixa produção de anticorpos, imunidade celular reduzida, aumento da duração de doenças e aumento nas taxas de mortalidade) e danos nos órgãos (erosão da moela, lesões orais, úlceras e placas, danos no fígado e rins, engrandecimento do fígado ou gordura no fígado, hiperplasia do duto da bile e cristais de ácido úrico armazenados nos rins e juntas).

Avicultura de corte: crescimento/produção de carne (pontos de sangue na carne, anormalidades nas penas, diminuição dos índices de crescimento e eficiência alterada, variação de peso das aves dentro de um mesmo grupo e ineficiência de processamento nos abatedouros); saúde intestinal (danos à integridade intestinal, diminuição da ingestão alimentar, baixa digestão intestinal e absorção de nutrientes, qualidade de fezes inconsistente e necrose enterite/infecção por bactérias); imunidade (baixa produção de anticorpos, imunidade celular reduzida, aumento da duração de doenças e aumento nas taxas de mortalidade) e danos nos órgãos (erosão da moela, lesões orais, úlceras e placas, danos no fígado e rins, engrandecimento do fígado ou gordura no fígado, hiperplasia do duto da bile e cristais de ácido úrico armazenados nos rins e juntas).

Suinocultura: reprodução (alteração nos estros e desencadeamento de maturidade sexual, vulva edemacida e prolapsos, infertilidade, aumento dos índices de aborto e de natimortos, desuniformidade da leitegada e contaminação do leite); saúde intestinal (danos à integridade intestinal, hemorragias e úlceras, redução do consumo alimentar; redução da absorção de nutrientes (diarreias); redução da resposta imune (baixa produção de anticorpos, imunidade celular reduzida, alteração do perfil de citocina, aumento da duração de doenças, aumento dos índices de mortalidade). Danos nos órgãos: aumento do fígado e dos rins, edema pulmonar, ascite e insuficiência cardíaca.

Recomendação. Para contribuir com o produtor neste desafio, Rocha destaca Mycosorb A+, solução da Alltech que limita os efeitos das micotoxinas. O adsorvente diminui a absorção das substâncias, impedindo os efeitos negativos das mesmas. O aglutinante é testado em um amplo espectro de micotoxinas, possui rápida ação e possui resultados comprovados por pesquisas científicas.

Fonte: A.I.