A regulamentação do mercado de carbono promete transformar a economia global, com projeções de movimentar US$ 300 bilhões até 2050 e US$ 50 bilhões nos próximos cinco anos. No Brasil, a expectativa é de que o mercado gere até US$ 2 bilhões na próxima década, fortalecendo setores estratégicos como o agronegócio e atraindo investimentos internacionais.
O marco regulatório, recentemente aprovado e aguardando sanção presidencial, posiciona o Brasil como líder em sustentabilidade. Felipe Vasconcellos, sócio da Equus Capital e Agricarbon, destaca o potencial brasileiro: “Não há outro país no mundo com as condições geográficas, climáticas e biológicas para gerar tantos créditos de carbono quanto o Brasil e o agronegócio surge como um dos principais beneficiados, com potencial de gerar créditos de carbono por meio de áreas de preservação e iniciativas como o Plano ABC+, que visa evitar 1,1 bilhão de toneladas de emissões de CO₂eq até 2030″, afirma.
Apesar do otimismo, desafios persistem. A criação de metodologias claras e de baixo custo é essencial para garantir a participação de indústrias e pequenos produtores. Além disso, o mercado precisa estruturar mecanismos financeiros, como derivativos, para atrair investidores e diversificar portfólios. Vasconcellos acredita que o mercado de carbono evoluirá para se assemelhar ao de commodities, ampliando as possibilidades de investimentos e gerando impacto positivo na economia.
Além do impacto financeiro, o mercado de carbono traz benefícios ambientais e sociais. Comunidades que preservarem florestas poderão gerar renda pela venda de créditos, promovendo conservação ambiental.
Fonte: Equus Capital, adaptado pela equipe FeedFood.
LEIA TAMBÉM:
Brasil abre mercado no Vietnã para peles salgadas de bovinos
Exportações de carne de frango do Brasil registram crescimento e estabelecem novos recordes em 2024