Em 2024, o Brasil registrou uma produção recorde de ovos, o que aumentou a oferta no mercado doméstico e pressionou os preços. Segundo dados do Cepea, os preços começaram a cair a partir de abril, com quedas consecutivas por seis meses, impactando as cotações na maioria das regiões monitoradas. Tradicionalmente, o ano começou com preços mais baixos devido à demanda enfraquecida, mas, em fevereiro, as cotações reagiram e registraram aumentos superiores a 20%, com destaque para o município de Bastos (SP), o maior polo produtor do estado.
O aumento de preços seguiu até março, impulsionado pela alta demanda da Quaresma e pelo retorno das aulas escolares. No entanto, a partir de abril, a maior oferta de ovos no mercado interno fez com que os preços caíssem, uma tendência que perdurou até setembro. No último trimestre de 2024, as cotações se ajustaram, com os preços começando a reagir em função do equilíbrio entre oferta e demanda, o que trouxe mais estabilidade ao mercado.
A produção de ovos no Brasil foi em constante crescimento ao longo do ano, alcançando volume recorde. De acordo com o IBGE, entre janeiro e setembro de 2024, foram produzidas 2,8 bilhões de dúzias, um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2023. Julho foi o mês de maior produção, com 332,78 milhões de dúzias, destacando-se como o pico da produção no ano, refletindo o fortalecimento do setor.
Apesar da queda nos custos de insumos como milho e farelo de soja, os preços dos ovos diminuíram na comparação anual, o que afetou o poder de compra dos produtores em relação ao milho. Por outro lado, o poder de compra em relação ao farelo de soja aumentou, dado que este insumo teve uma queda mais acentuada no preço, compensando parcialmente a perda no poder de compra em relação ao milho.
Fonte: Cepea, adaptado pela equipe FeedFood.
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