O andamento de uma proposta para criação de um sistema voluntário de rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos no Brasil foi discutida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) por meio da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte, na última segunda-feira (19).
“Nós estamos aguardando a análise do Ministério da Agricultura e a criação do grupo de governança que irá tratar do processo de transição da rastreabilidade”, afirmou o presidente da Comissão, Francisco Olavo de Castro, sobre a entrega do documento elaborado junto com o setor produtivo, em junho deste ano.
Entre outros, os três pontos fundamentais que proposta da Confederação contempla são os seguintes: a adesão dos produtores deve ser realizada de forma voluntária; os pecuaristas devem ter o prazo mínimo de oito anos para adaptação; e a gestão e o controle da distribuição da numeração oficial e do banco de dados deve ficar sob a responsabilidade da CNA.
“Nós somos a favor da rastreabilidade e entendemos a agilidade do MAPA em implantar o sistema. Mas precisamos definir como tudo vai acontecer, porque isso exigirá amadurecimento da cadeia produtiva e adaptação dos produtores, principalmente dos pequenos”, explicou o presidente.
Ainda de acordo com Castro, a rastreabilidade da cadeia não irá excluir ninguém, a preocupação é com o pequeno produtor e como ele irá se adaptar. “O foco principal é na origem da produção, conseguindo desatar esse nó, nós damos sequência ao processo”.
As demandas para o plano de ação em 2024, como a reabertura da discussão de tipificação de carcaças bovinas, a preocupação com o banco de antígenos e vacinas para a febre de aftosa, o Fundo Nacional de Saúde Animal e o acompanhamento do processo de compra de frigoríficos no Brasil também foram debatidas.
Fonte: CNA, adaptado pela equipe FeedFood.
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