Camila Santos I camila@dc7comunica.com.br
Os preços do boi gordo sofreram uma retração nos últimos dias, revertendo a trajetória de alta que vinha desde o início do semestre, segundo análise do Cepea divulgada em 5 de dezembro. Após atingir uma máxima nominal de R$ 352,65 no dia 27 de novembro, o Indicador CEPEA/B3 fechou a terça-feira, 3, em R$ 336,40, uma queda de 4,4% em relação à semana anterior. Essa redução foi impulsionada pela forte queda nos contratos futuros do boi na B3, o que gerou pressão no mercado físico.
De acordo com o Cepea, a movimentação no mercado futuro levou frigoríficos a ofertarem preços menores, o que influenciou pecuaristas a disponibilizarem seus lotes no mercado spot, aumentando a oferta momentânea e alongando as escalas de abate. Contudo, muitos pecuaristas decidiram suspender as negociações até uma maior clareza no mercado, refletindo a ausência de mudanças significativas nos fundamentos.
Na semana anterior, o cenário era oposto. Conforme relatório de 28 de novembro, os preços da arroba continuavam em alta, com o Indicador CEPEA/B3 registrando valorização de 10,5% até o dia 26, alcançando a média de R$ 352. No mesmo período, o bezerro e o boi magro em São Paulo apresentaram aumentos de 14,4%, com médias de R$ 2.608,14 e R$ 4.166,85, respectivamente. A carcaça casada bovina também acumulava elevação de 9,2%, encerrando o dia 26 a R$ 23,92.
Os pesquisadores destacaram que, embora houvesse dificuldade em repassar os aumentos da arroba para a carne no atacado, essa limitação não foi suficiente para pressionar significativamente o mercado de animais para abate. O comportamento do mercado nas próximas semanas permanece atrelado à evolução da oferta e à reação dos pecuaristas às mudanças nos preços, diz o relatório.
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