Atualmente, temos passado muito tempo refletindo sobre a política no Brasil e, especialmente, sobre o papel essencial que o nosso agronegócio desempenha. Por que o chamo de “grandioso agro”? Basta olhar para o Produto Interno Bruto (PIB) para entender: o agronegócio mantém o Brasil positivo economicamente. Sem ele, estaríamos em uma situação muito diferente. No entanto, surge uma questão intrigante em minha mente: por que o setor agrícola não possui uma representação política tão forte quanto sua contribuição para a nação?
Certamente, temos instituições poderosas, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que engloba vários sindicatos em todo o país. Além disso, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o Instituto Pensar Agro (IPA) trabalham incansavelmente para planejar e prever o futuro do nosso setor. No entanto, falta algo crucial: a presença de políticos que realmente tenham raízes no campo, que tenham sido criados nas fazendas, que conheçam a lida diária com tratores, foices e enxadas. Por que não temos deputados, vereadores, prefeitos, governadores e até mesmo presidentes originários do meio rural?
Acredito que uma parte dessa falta de representação política seja devida à discriminação que permeia a nossa visão sobre os políticos. Os meios de comunicação frequentemente destacam apenas as más ações, como corrupção e escândalos financeiros, criando uma imagem negativa da classe política. Esquecemos que eles também implementam políticas públicas vitais que impactam diretamente a nossa vida diária. O Brasil é um exemplo claro disso, alimentando milhões globalmente, resultado direto de políticas públicas eficazes e investimentos estratégicos.
Para superar essa discriminação, é crucial reeducar nossas comunidades. Iniciativas Somente em 2022, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) teve mais de 2 milhões de participantes em seus cursos de capacitação em todo Brasil. Iniciativas promovidas pelo SENAR no MS como o programa Agrinho, que desmistificam o agronegócio, como o Líder MS, que já em sua quarta edição na formação de lideranças políticas e representativas para o setor, não apenas educam, mas também inspiram os participantes a desenvolver projetos de melhoria social.
A verdadeira mudança começa em casa, com a educação de nossos filhos. Devemos ensinar desde cedo como funciona uma sociedade, mostrando que o mundo não gira apenas em torno do agronegócio, mas também depende de médicos, professores e policiais. Iniciativas como “De Olho no Material Escolar” estão pavimentando o caminho para uma sociedade mais bem informada e engajada.
Portanto, é imperativo que deixemos de lado nossos preconceitos e apoiemos os políticos comprometidos em construir uma sociedade melhor. Devemos reconhecer a importância de todos os setores e fortalecer nossa compreensão da política desde a base. Somente assim poderemos criar um Brasil onde a política e o agronegócio trabalhem juntos para um futuro mais brilhante e equitativo para todos.
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