O protocolo sanitário que possibilitou a entrada de um lote de tilápia importada do Vietnã no Brasil em dezembro de 2023, será revisado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). A decisão foi anunciada na última sexta-feira (02), em uma reunião com os ministros do MAPA, Carlos Fávaro, e o da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
O presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), Francisco Medeiros, mais 12 associados da entidade, considerando a Peixe SP e a Peixe MG, e membros do Comitê de Sanidade da Peixe BR, entre outros, também estiveram presentes na ocasião.
“Acompanhamos com muita preocupação os pesados prejuízos do vírus da tilápia de lago (TiLV) em outros países”, relatou o presidente da Peixe BR, durante a reunião a qual foi solicitada pela Associação, devido a preocupação com o risco sanitário presente no Vietnã.
Segundo Francisco, a tilápia é o mais importante peixe de cultivo e a entrada do vírus no Brasil seria desastroso para a cadeia produtiva, que conta com mais 230.000 estabelecimentos rurais que criam peixes. Expressiva maioria de pequeno porte – e 1 milhão de empregos.
“A análise nos portos de entrada é por amostragem. O contêiner de tilápia não foi analisado, mesmo sendo o primeiro em muitos anos”, informou o dirigente, e completou: “Como a análise dos peixes importados é por amostragem, um volume não identificado de pangasius tratado com polifosfato está entrando no país. Isso também é preocupante, pois é uma fraude ao consumidor brasileiro”.
Ao questionar o MAPA sobre o risco sanitário do lote importado, a Peixe BR reforçou que o problema é sério. “Levamos nossa preocupação aos ministros e aos demais representantes presentes na reunião. Eles reconheceram que há risco sanitário envolvido e assumiram o compromisso de revisão do protocolo sanitário de importação de peixes”, afirmou o presidente da Associação.
Ainda de acordo com Francisco, não precisamos da tilápia de fora para atender à demanda interna. O Brasil é o 4º maior produtor mundial e a produção aumenta ano após ano devido ao investimento dos piscicultores e da indústria de genética, nutrição, sanidade e equipamentos.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe FeedFood.
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