Valeria Campos | valeria@dc7comunica.com.br
A visão do mercado sobre sustentabilidade mudou ao longo do tempo. Diferentemente de alguns anos atrás, hoje o conceito tem um viés voltado para a competitividade, o aumento da produtividade, o acesso a mercados e o posicionamento reputacional. Para chegar a esse ponto, a indústria passou por um processo gradual que exigiu transformações profundas na maneira como os líderes corporativos pensam e agem. E alguns marcos foram importantes para essa mudança de paradigma.
“Hoje, é notável o quanto as empresas avançaram em termos de educação, conscientização e legislação alinhada, as organizações que não se adaptarem perderão o jogo da competitividade e serão extintas, assim como já aconteceu em outras fases nos mais variados setores.” – Marcos Fava Neves, Harven Agribusiness School
Nessa lista, podemos destacar a Conferência do Rio (1992); a Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (1992), que consolidou acordos globais para o desenvolvimento sustentável; o Protocolo de Quioto (2005), quando as emissões de gases de efeito estufa se tornaram uma questão relevante e houve a popularização do conceito ESG; o Acordo de Paris (2015), um marco global para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C; e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS, 2015), que estabeleceram 17 metas integradas para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir prosperidade para todos até 2030.
Mais recentemente, nos anos 2020, houve um forte movimento em favor dos investimentos verdes, tecnologias sustentáveis, entre outros. “Hoje, é notável o quanto as empresas avançaram em termos de educação, conscientização e legislação alinhada”, afirma Marcos Fava Neves, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (SP, Brasil) e da Harven Agribusiness School.
Nesse cenário, a inovação também está muito alinhada com essa evolução do pensamento sustentável, já que, sempre que o mercado enfrenta instabilidades, uma nova era de inovação se inicia. Segundo Fava Neves, o mundo está atualmente vivenciando as mudanças climáticas, e tanto a sociedade quanto as empresas estão atentas a esse desafio global, que inclui o aumento das temperaturas e coloca a vida na Terra em risco: “É algo de extrema importância. As organizações que não se adaptarem perderão o jogo da competitividade e serão extintas, assim como já aconteceu em outras fases nos mais variados setores.”
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