Dados do IBGE mostram crescimento em relação ao mesmo período de 2018
Altas na produção de ovos (7,2%), na aquisição de leite (6,9%) e couro (1%) e nos abates de bovinos (3,5%), suínos (5,2%) e frangos (3,4%) – um saldo mais do que positivo pensando na agropecuária em geral. A crescente foi registrada no comparativo com os resultados do segundo trimestre de 2018.
O comparativo entre os trimestres de 2018 e 2019 foram afetados pela paralisação dos caminhoneiros, ocorrida no último ano. Além disso, a demanda externa, impulsionada sobretudo pela China, favoreceu o mercado de carnes.
Bovinos. No período foram abatidas 8,04 milhões de cabeças de bovinos sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. O volume foi 3,5% superior à obtida em 2018, no mesmo período, fase em que foi deflagrada a paralisação dos caminhoneiros, e 1,4% acima da registrada no trimestre imediatamente anterior.
O abate de 268,55 mil cabeças de bovinos a mais no 2º trimestre de 2019, em relação ao mesmo período de 2018, foi impulsionado por altas em 17 das 27 Unidades da Federação (UFs). No ranking, Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 17,8% do total nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,4%) e São Paulo (10,1%).
Suínos. Em relação a suinocultura, no mesmo período, foram abatidas 11,39 milhões de cabeças de suínos, representando aumentos de 5,2% em relação ao mesmo período de 2018 e de 0,9% na comparação com o 1° trimestre de 2019.
O desempenho foi o melhor 2° trimestre da série histórica iniciada em 1997, fortalecido por desempenho recorde para meses de abril e maio. Já a queda de 12,1% registrada em junho de 2019 em relação a 2018 deveu-se aos efeitos da greve dos caminhoneiros deflagrada em maio de 2018, que postergou para o mês seguinte parte da produção não realizada.
Se tratando dos abates foram 560,38 mil cabeças de suínos a mais no 2º trimestre de 2019, em relação ao mesmo período de 2018, foi impulsionado por aumentos em 20 das 25 UFs participantes da pesquisa. No ranking, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 26,8% da participação nacional, seguido por Paraná (20,0%) e Rio Grande do Sul (18,5%).
Frangos. Também no 2º trimestre de 2019, foram abatidas 1,42 bilhão de cabeças de frangos. Um aumento de 3,4% na comparação com o mesmo período de 2018 e queda de 0,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
O abate de 47,30 milhões de cabeças de frangos a mais no 2º trimestre de 2019, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado por aumentos no abate em 15 das 24 Unidades da Federação que participaram da pesquisa.
Leite. A aquisição de leite cru no período feita pelos foi de 5,85 bilhões de litros, equivalente a um aumento de 6,9% em relação ao 2° trimestre de 2018, e a uma queda de 5,8% em comparação ao trimestre imediatamente anterior.
No comparativo com 2018, o acréscimo de 375,69 milhões de litros de leite captados em nível nacional é proveniente do aumento registrado em 22 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. Minas Gerais continuou liderando o ranking nacional de aquisição de leite, com 24,8% da aquisição nacional, seguida por Paraná (13,0%) e Rio Grande do Sul (12,9%).
Couro. Já os curtumes investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro – aqueles que efetuam curtimento de pelo menos 5.000 unidades inteiras de couro cru bovino por ano – declararam ter recebido 8,39 milhões de peças de couro. Esse total, representa um aumento de 1,0% em relação ao adquirido no 2° trimestre de 2018 e decréscimo de 0,9% frente ao 1° trimestre de 2019.
Mato Grosso continua a liderar a relação de Unidades da Federação que recebem peças de couro cru para processamento, com 16,5% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (14,5%) e São Paulo (12,0%).
Ovos de galinha. No período, foram produzidas 942,45 milhões de dúzias de ovos de galinha no 2º trimestre de 2019: 7,2% acima do apurado no 2º trimestre de 2018 e mais 1,9% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Considerando a série histórica da pesquisa, iniciada em 1987, a produção foi recorde, superando o pico anterior obtido no 4° trimestre de 2018 quando foram produzidas 941,42 milhões de dúzias.
A produção nacional de 62,91 milhões de dúzias de ovos a mais, em relação ao mesmo trimestre de 2018, foi impulsionada por aumentos em 22 das 26 UFs com granjas enquadradas no universo da pesquisa. São Paulo seguiu como maior produtor de ovos, com 28,9% da produção nacional, seguido pelo Espírito Santo (9,6%), Minas Gerais (9,4%) e Paraná (9,1%).
Mais da metade das granjas do País (56,9% ou 1 071), produziram ovos para o consumo, respondendo por 82,0% do total de ovos (Foto: reprodução)
Fonte: IBGE, adaptado pela equipe feed&food.