Segundo o Cepea, cenário tem dificultado estratégias de compradores
A produção de carne de frango segue enfrentando altos e baixos, principalmente quando o foco é o mercado interno brasileiro. Neste cenário, com recorte para a segunda quinzena de novembro, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, explica que a liquidez interna se mantém baixa, mas as exportações do produto fazem com que os preços sigam elevados.
Ao utilizar como base de análise o relatório da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Cepea contextualiza, apontando, que nos nove primeiros dias úteis de novembro, foram embarcadas 166,58 mil toneladas de carne de frango in natura. Com média diária de 18,5 mil t., essa é a maior média diária para 2020, estando 24,8% acima da observada em outubro/20.
Em contrapartida, ao que se refere ao mercado interno, o cenário não é tão positivo. Segundo o Centro, colaboradores temem que a procura siga reduzida nas próximas semanas, o que pode impactar nos preços, “que, por enquanto, seguem firmes na maioria das praças acompanhadas”.
“A proximidade do fim do ano e as incertezas com relação ao mercado, que apresentou movimentações atípicas em 2020, têm dificultado as estratégias de compradores quanto ao volume a ser estocado para o período de festas. Além disso, muitos agentes – desde produtores a frigoríficos – tendem a rearranjar a produção neste período, dedicando parte dela às chamadas aves natalinas, o que pode alterar a dinâmica de vendas do setor de frango”, informa o Cepea.
Pensando em possíveis novas dificuldades, alguns compradores já programam aquisições de novos lotes – “[colaboradores do Cepea] indicam que alguns produtos específicos, como a asa e a coxa, já têm toda sua produção vendida até o fim do ano, tanto para o mercado doméstico quanto para exportação”.
Fonte: Cepea, adaptado pelo equipe feed&food.