O aumento de 49% na produção de carne suína brasileira nos últimos dez anos reflete o fortalecimento do setor. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a produção em 2024 atingiu 5,2 milhões de toneladas, com 24% destinadas à exportação. Esse crescimento tem sido apoiado por avanços em nutrição animal, como o uso de probióticos, que melhoram a saúde e o desenvolvimento dos suínos.
De acordo com Alberto Inoue, Head de Saúde Animal e Biossoluções para América Latina da Novonesis, um exemplo disso são as cepas Bacillus subtilis e Bacillus amyloliquefaciens, que reduzem doenças como diarreia causada por Clostridium perfringens e Escherichia coli em leitões lactentes e desmamados. Nas fêmeas gestantes e lactantes, o uso destas cepas promovem ganhos de uniformidade no peso dos suínos no momento do abate, além de reduzir custos produtivos.
Além de aumentar o ganho de peso diário dos leitões e reduzir em 30% os casos de diarreia pós-desmame, os probióticos contribuem para melhorar a saúde geral do rebanho. “A menor necessidade de tratamentos terapêuticos ajuda a evitar a resistência antimicrobiana, um problema global apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse benefício reforça a sustentabilidade da produção suína brasileira, mantendo o padrão de qualidade exigido pelo mercado”, informa Inoue.
Ele afirma que a aplicação de probióticos também promove equilíbrio da microbiota em fêmeas, favorecendo a reprodução e desmame de leitões mais saudáveis. “Com melhor desempenho reprodutivo e redução da perda de peso durante a lactação, os suinocultores conseguem aumentar a qualidade e a quantidade de carne produzida, alinhando-se às demandas crescentes do mercado interno e internacional”, reforça.
Fonte: Novonesis, adaptado pela equipe FeedFood.
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