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Prioridades do ganha-ganha

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Na correria do dia a dia, é comum as pessoas colocarem foco nas principais tarefas e assim não exercitarem uma visão mais ampliada da vida e suas relações. Ficam olhando o ‘galho’ ou a ‘árvore’ e perdem a visão ‘da floresta’.

Nesse sentido pode ficar comprometida também a visão clara de como a diversidade e o convívio com as diferenças entre as pessoas e a inclusão delas traz um ganho para todas.

Para contribuir, compartilho aqui um resumo de 4 das prioridades das pessoas com deficiência, que temos compartilhado com as novas lideranças políticas no Brasil.

Por limitação de espaço, priorizo a inclusão escolar, as questões da saúde, a inclusão no trabalho e da acessibilidade plena.

Na inclusão escolar ganham as crianças e adolescentes com deficiência assim como aquelas sem deficiência. Isso está mais que comprovado por dezenas de estudos na europeu e Estados Unidos (vejam por exemplo, no www.alana.com.br). Alunos sem deficiência que estudaram em classes inclusivas, tem melhor desenvolvimento escolar, maiores habilidades socioemocionais e a capacidade de desenvolverem aprendizados e relacionamentos sociais mais adequados que ampliam seus potenciais cognitivos.

Na saúde é fundamental o fortalecimento dos SUS, equipes multidisciplinares para darem uma notícia sobre a deficiência do bebê de forma adequada aos pais, realizarem o teste genético e a investigação cardiológica ainda na maternidade. Soma-se a isso a priorização nas campanhas vacinais, controle social, consolidação da avaliação biopsicossocial, a regulamentação do Artigo 2 da Lei Brasileira da Inclusão e a garantia de serviços de fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, nutrição e psicologia incluindo os fantásticos benefícios da psicomotricidade.

No trabalho relaciono a promoção e capacitação para garantir o uso pleno da metodologia do Emprego Apoiado, aprovação final do PL do EA, dotação anual orçamentária para patrocinar o uso de consultoras de EA (também pelo Estado), fortalecimento legal e ampliação da fiscalização da Lei de Cotas, cursos de pré-capacitação,  regulamentação de  cursos inclusivos usando as estruturas públicas de ensino técnico (sistema S = SENAI, SEBRAE e afins), regulamentação da profissão de consultora em EA, suporte às OSC e ampliação de eventos para conscientização do ganha-ganha da inclusão laboral para o meio empresarial.

Na questão da acessibilidade plena (física, atitudinal, programática, metodológica, digital, comunicacional etc.) vale lembrar que é um direito das pessoas com deficiência para que possam transpor as barreiras e terem uma participação efetiva em todos os aspectos da vida social e laboral. O mais importante é que instituições públicas e privadas usem os 7 princípios do Desenho Universal (Uso Equiparável, Flexibilidade no Uso, Usos simples e Intuitivos, Informação Perceptível, Tolerância ao Erro, Baixo esforço Físico e Dimensionamento para  Aproximação e Uso) para garantir que espaços, produtos e serviços possam ser usados por todas as pessoas. Veja como são questões possíveis de serem incorporadas e implementadas. Foi criado por uma pessoa com deficiência, mas não é exclusiva para esse segmento. Une todas as pessoas, com e sem deficiência. A linguagem simples, o uso de legendas e da audiodescrição também são prioridades.

Ampliar a visão, olhar para a ‘floresta’ toda e ajudar os outros no seu entorno na implementação de prioridades para a inclusão, será sempre um ganha-ganha.

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