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Primavera afeta produção de pescados e reprodução animal

Estação está sob influência do fenômeno El Niño, com muito calor e fortes chuvas
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FOTO: REPRODUÇÃO

O Dia da Natureza, comemorado em 04 de outubro, foi marcado por alterações climáticas, trazendo consigo a importância de preservar o meio ambiente e os impactos negativos que são gerados na produção de pescados e reprodução animal nesta época do ano. A estação da primavera, que começou oficialmente no dia 23 de setembro, está sob influência do fenômeno El Niño, muito calor e fortes chuvas.

Segundo  o meteorologista e head de comunicação da Climatempo, Willians Bini, no mês de setembro, por quase duas semanas, as temperaturas atingiram marcas extremas, muito acima do normal. “Calor e umidade são ingredientes para chuvas fortes e temporais. Só é difícil prever quando e em que local eles acontecerão”, afirma o meteorologista.

O estresse térmico é um dos fatores limitantes para produção de carne de alta qualidade. A produção de carne bovina precisa ser cada vez mais eficiente e fundamentada no desenvolvimento sustentável e no bem-estar animal. Entre os sinais de alerta, estão respiração ofegante, aumento dos batimentos cardíacos e da necessidade de hidratação, sudorese, hipersalivação, vômitos e diarreia.

Segundo a pesquisadora do Instituto de Zootecnia (IZ – APTA), da SAA, Claudia Cristina Paro de Paz, os bovinos são animais homeotérmicos que modulam a temperatura corporal interna, ajustando a quantidade de calor produzida pelo metabolismo com o fluxo de calor do animal para o ambiente. Já na aquicultura, entretanto, o calor afeta diretamente a produção, uma vez que a temperatura equilibrada da água é primordial para a produtividade de diversas espécies.

O estresse térmico é um dos fatores limitantes para produção de carne de alta qualidade (FOTO: REPRODUÇÃO)

“O que acontece é a diminuição da solubilidade de oxigênio na água, por conta da elevação da temperatura. Com isso, o peixe não se alimenta de maneira habitual, porque, não terá oxigênio suficiente para fazer a digestão da ração que ele ingeriu,” explica o proprietário do Sítio Forelle Trutas no interior de São Paulo, Andreas Karl Plosch.

De acordo com o proprietário, uma alternativa para esta estação é reduzir a quantidade de ração ofertada, ou por um tempo, não alimentar o peixe.

Algumas espécies, como a truta, se reproduzem em águas mais frias, em torno de 10ºC e 20ºC. “Neste período, setembro e outubro, a água chega a bater pico de 24 graus e isso é bastante para o manejo da truta”, ressalta Plosch.

Fonte: AI, adaptado pela equipe FeedFood.

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