Segundo estudo, regiões que adotaram a iniciativa constataram diminuição de terras degradadas
Dada a contínua divulgação do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), um estudo recente apresentou a redução de 26,8 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas que adotaram a iniciativa. Como aponta o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), imagens de satélites apontam que a área total com pastagens classificadas como degradação severa reduziu de 34,3% para 25,2% entre 2010 e 2018.
O estudo, realizado pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG) com base na classificação automática de imagens de satélites da série Landsat, apontou que a área recuperada é maior que o território do Reino Unido, que tem aproximadamente 24,2 milhões de hectares. Outra questão também apresentada foi o aumento na qualidade das pastagens, mais expressivo, nas regiões Centro-Oeste e Sul do País, abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Tocantins.
“Comparando os dados obtidos em 2010 com as informações de 2018, foi observada uma melhora na qualidade das pastagens no período avaliado, com redução no percentual de área em todas classes de indícios de degradação, ao mesmo tempo em que houve aumento no percentual de áreas sem indícios de degradação”, aponta o estudo, coordenado pelo pesquisador Dr. Laerte Guimarães Ferreira Júnior da UFG.
Para a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação (Depros) do MAPA, Mariane Crespolini, o estudo é pioneiro no País. “Ele nos permite avaliar a efetividade da política pública e o quanto os produtores rurais, quando incentivados, são capazes de corresponder adotando práticas sustentáveis de produção”, explicou ela.
As áreas totais ocupadas por pastagens em 2010 e 2018 foram de aproximadamente 171,6 e 170,7 milhões de hectares, respectivamente. “Estes números indicam uma estabilização na área total ocupada na última década, que de fato vem ocorrendo e é evidenciado por uma melhora na condição das pastagens”, conclui o relatório.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe feed&food.