A presença da Salmonella em aves pode ocasionar surtos de infecções, afetando tanto a saúde dos animais quanto a segurança alimentar dos produtos avícolas. Neste cenário, além de gerar impactos significativos para os produtores, a bactéria tem se tornado uma preocupação crescente para o setor.
“Quando falamos de Salmoneloses, estamos tratando de em um grupo de bactérias com mais de 2.500 espécies. A importância para a avicultura depende do tipo, mas o problema está aí e deve receber a atenção merecida”, detalhou a médica-veterinária e gerente de Produtos e Serviços Técnicos Para Vacinas da Phibro Saúde Animal, Eva Hunka.
Segundo a especialista, as Salmonellas típicas, que afetam poedeiras comerciais, não fazem mal aos humanos, mas causam mortalidade e reduzem a produção de ovos. Já as Salmonellas paratíficas não adoecem as aves, mas representam um risco para a saúde humana, gerando prejuízos na avicultura devido à condenação de lotes contaminados e restrições à comercialização da carne.
A contaminação ocorre com facilidade devido à presença do micro-organismo presente em diversos hospedeiros, incluindo humanos, materiais, equipamentos e alimentos. Ela pode ocorrer de várias maneiras, como pelo contato com roedores, insetos ou ração contaminada.
“É preciso trabalhar em um programa integrado de controle com medidas de biosseguridade, programa de vacinação, controle de roedores e insetos e educação continuada dos trabalhadores, entre outras ações. Estas medidas dificultaram a entrada dos patógenos”, declarou Eva.
A gerente da Phibro ainda esclareceu que antibióticos podem tratar os sintomas de Salmonella clínica, mas o lote permanece positivo para sempre. Para Salmonellas paratíficas, que não causam sintomas, o tratamento reduz a carga bacteriana, mas o lote continua positivo. Dependendo da espécie, o lote pode precisar ser abatido, e aves reprodutoras não devem ter Salmonellas paratíficas.
“A Salmonella é um patógeno muito complexo. Tem muitas espécies e as consequências da contaminação são diferentes, dependendo da espécie de patógeno e/ou do tipo de ave. Não existe fórmula mágica ou única para controlar. É preciso ter um programa de controle integral para minimizar o risco, mas ele não é eliminado”, destacou Eva ao concluir.
Fonte: Phibro Saúde Animal, adaptado pela equipe FeedFood.
LEIA TAMBÉM:
Exportações brasileiras de peixes de cultivo disparam com crescimento de 72%