A chegada das chuvas devem aliviar a pressão e ter o efeito contrário sobre a disponibilidade de animais para abate nos frigoríficos no curto prazo, assim, o pecuarista que conseguiu segurar o gado deve esperar mais um pouco antes de entregá-los à indústria.
A estiagem no Centro-Norte provocou um leve aumento de oferta de gado no mercado brasileiro no fim de 2023. Sem alternativa, muitos pecuaristas que não tinham pastagens em boas condições acabaram vendendo os animais no momento.
Segundo o diretor executivo do Grupo Pecuária Brasil (GPB), Luiz Roberto Zillo, quem se programou e conseguiu segurar o boi com suplementação vai esperar mais tempo para ganhar peso e acabamento. Entretanto, ainda tem pessoas sofrendo em Mato Grosso porque as chuvas começaram agora.
No último ano, em 2023, na região de Cáceres em Mato Grosso, choveu aproximadamente 1 mil milímetros, volume consideravelmente abaixo em relação ao esperado no período, comum entre 1,3 mil e 1,6 mil milímetros.
“No período de transição entre o que chamamos de períodos de seca e águas, em setembro, vários produtores registraram 20 a 30 milímetros, e mal distribuídos”, relatou Zillo que até poucos anos atrás possuía uma fazendo no estado.
A região mencionada compreende os Estados do Centro-Oeste, além do Pará, Rondônia e Tocantins, que juntos concentram boa parte de todo o rebanho nacional, sendo 130 mil cabeças de gado, do total de 234 mil no País.
Ainda de acordo com o diretor executivo do GPB, as áreas mais férteis do Centro-Norte devem ter pastos adequados apenas daqui a 15 ou 20 dias, o que consequentemente deverá atrasar a chegada de bois em 30 e 40 dias.
Fonte: Globo Rural, adaptado pela equipe FeedFood.
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