Natalia Ponse, da redação
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Ao focar em ações da porteira para fora, a Embrapa Territorial se difere das outras unidades da estatal. “Nosso foco é entender os gargalos da agropecuária, aquilo que afeta a produção agropecuária do Brasil do ponto de vista de território”, resumiu o analista do Grupo de Inteligência Territorial Estratégica (GITE) da unidade, André Rodrigo Farias, durante a reunião de março da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), junto a José Dilcio Rocha, pesquisador da mesma unidade.
Na oportunidade, o analista detalhou como funciona o trabalho da equipe e quais áreas abrange. “Quando falamos em logística, existe uma espécie de ‘corredor’ por onde a mercadoria é transportada. Mas, no caso da agropecuária, é interessante tratar esse modelo no formato de ‘bacias’”, disse.
Lembrando as aulas de geografia, Farias aponta como exemplo as bacias hidrográficas, uma área onde todos os cursos d’água se direcionam a um ponto comum, a foz. “Emprestamos esse conceito da geografia para falar dessas bacias logísticas. O ponto final é o porto, e, a partir disso, delimitamos as áreas de influência de cada um dos portos do Brasil”, resumiu. O estudo da Embrapa Territorial identificou oito bacias logísticas para o transporte de grãos.
O objetivo, de acordo com o analista, é nortear políticas públicas. “Essa caracterização mostra onde é necessário priorizar obras que aumentariam a competitividade da logística brasileira”, disse e acrescentou: “Entregamos ao MAPA e demais ministérios essa lista com as obras prioritárias em cada um dos modais – rodoviário, ferroviário e hidroviário – e em diferentes horizontes temporais”.
Dessa forma, a equipe garante que as decisões de investimento público sejam pautadas pelos subsídios técnicos, por meio da análise de dados. “A Embrapa precisa estar próxima do setor produtivo para proporcionar soluções relevantes. Nossa unidade está em Campinas (SP) e está aberta à visitas”, finalizou.
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