O milheto granífero tem se consolidado como uma alternativa viável e estratégica para a segunda safra no Cerrado, especialmente diante do atraso no plantio da soja e das incertezas sobre a rentabilidade do milho safrinha. Além de seus benefícios agronômicos, a demanda crescente pelo grão nas granjas de aves reforça seu potencial econômico, contribuindo diretamente para a redução de custos na avicultura.
Henriky Maky, diretor da Granja MAKI, localizada em Bastos (SP), detalha os ganhos econômicos proporcionados pelo milheto. “Ao substituir parte do milho pelo milheto na dieta das aves, conseguimos reduzir os custos em cerca de R$ 30 por tonelada de ração produzida. Com um consumo mensal de um milhão e meio de quilos, isso representa uma economia anual de aproximadamente R$ 750 mil”, afirmou. A granja, com aproximadamente 496 mil aves em produção e 200 mil na fase de cria e recria, utiliza o grão como componente estratégico na nutrição animal, garantindo eficiência e competitividade.
Além dos benefícios financeiros, o cultivo do milheto oferece vantagens indiretas que impactam positivamente outras etapas do sistema produtivo. A palhada deixada pelo milheto melhora o manejo do solo e pode aumentar a produtividade da soja subsequente em até 3,5 sacas por hectare. Para Juca Matielo, diretor-comercial da ATTO Sementes, “o milheto é uma opção economicamente atrativa e ambientalmente sustentável. Sua consorciação com braquiária, por exemplo, aumenta a quantidade de palha no sistema, favorecendo a conservação do solo e a eficiência produtiva”.
Com custos de implantação inferiores ao milho e alta adaptabilidade às condições do Cerrado, o milheto se apresenta como uma solução que une agricultura e avicultura, oferecendo alternativas sustentáveis e rentáveis. No contexto da produção avícola, o grão não só atende às demandas nutricionais das aves, mas também promove maior estabilidade econômica para os produtores, especialmente em cenários de volatilidade de preços.
Fonte: ATTO Sementes, adaptado pela equipe FeedFood.
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