Em coletiva, ABPA apresentou balanceamento de 2019 e expectativas para o próximo ano
Em coletiva de imprensa que ocorreu na manhã desta quinta-feira (12), a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou o balanço anual do mercado externo e interno de aves e suínos. Durante a reunião, foram expostos dados da produção, consumo e exportação das proteínas.
No encontro, foi levantado pela entidade que o mercado de aves deverá encerrar o período de 2019 com crescimento de 2,3%, totalizando 13,15 milhões de toneladas produzidas. Um crescimento de 2% em relação às exportações, porcentagem obtida pelo acúmulo gerado até o mês de novembro, com total de 3,822 milhões de toneladas embarcadas, entre janeiro e novembro de 2019, contra 3,748 milhões do mesmo período do ano anterior.
Em números, a receita cambial alcançou US$ 6,358 bilhões, 6,1% acima de 2018, com US$ 5,990. O consumo per capta da proteína também deve crescer cerca de 2,2%, com 42,6 quilos per capita/ano. De acordo com a ABPA, a produção de 2020 é prevista para ter um aumento de 4 a 5%, com 13,6 milhões de toneladas.
“Depende do apetite do mercado, mas o Brasil tem condições para crescer porque possui alojamentos preparados. Ao contrário do aconteceu nesse ano, temos condições dessas plantas aumentarem o mix de produtos”, afirmou o vice-presidente e diretor de Mercados da ABPA, Ricardo Santin.
O grande salto em comparação aos resultados do último ano está na exportação da carne suína, que totalizou, até novembro, 74, 2 mil toneladas, volume 14,4% superior ao registrado em 2018. A produção também apresentou alta, chegando a 4, 1 milhões de toneladas, saldo 2,5% maior. Para 2020, ABPA afirma que a previsão de número para crescimento é de 3 a 4%, perto de 4,2 milhões. Já as exportações devem ascender de 15 a 20%.
Também foi citado, durante a ocasião, o balanceamento da produção de ovos, que deverá apresentar elevação de até 10%, comparada às 44,4 bilhões de unidades produzidas em 2018, chegando a 29 bi. Com números totais de exportação 8 mil toneladas, 30% abaixo do desempenho alcançado em 2018, de 11,6 mil toneladas.
Segundo os representantes, a produção e exportação das proteínas foi impulsionada por fatores internos e externos, como a forte crise sanitária na China, com focos de Peste Suína Africana (PSA), a escassez da carne bovina, a alta do milho e o câmbio elevado, que, segundo eles, tornou os negócios internacionais mais atraentes.
Foi citado, também, os mercados que foram abertos ou reabertos para o produto brasileiro, como para a carne de frango, com a China viabilizando nove novas plantas, e para a carne suína, com seis novas plantas pela China e a reabertura da proteína para o mercado Russo.
Redação feed&food