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Melhoramento genético amplia área plantada e fortalece mercado de milho no Brasil

Expansão atende demandas de biocombustíveis e alimentação animal, estabilizando preços da commodity
Por feedfood
feedfood@feedfood.com.br

A área plantada de milho no Brasil cresceu 74,6% nas últimas duas décadas, passando de 12,8 milhões para 22,3 milhões de hectares, conforme dados da Conab. Esse avanço é atribuído ao melhoramento genético e à adoção de tecnologias que impulsionaram a produtividade e atraíram novos produtores para o cultivo, motivados pelo alto retorno financeiro.

Entre os fatores que impulsionam essa expansão, destaca-se o setor de biocombustíveis, no qual o milho já representa 16% da produção nacional, segundo o Balanço Energético Nacional 2024. Robson Vasconcellos, especialista em milho da TMG Tropical Melhoramento & Genética, afirma que o etanol de milho tem sido fundamental para estabilizar os preços do grão, oferecendo segurança financeira aos agricultores e diversificando suas fontes de renda.

José Flávio, gerente de pesquisa da TMG, ressalta que a inovação em melhoramento genético tem sido a resposta do setor aos desafios climáticos e agronômicos. “Os híbridos desenvolvidos no Brasil apresentam maior resistência a pragas e doenças e maior resiliência ao estresse climático, possibilitando ganhos consistentes, especialmente em regiões como o Cerrado”, explica. Ainda assim, ele reconhece que o Brasil enfrenta um “gap” de produtividade em relação a países como os Estados Unidos, que possuem programas de melhoramento mais consolidados e solos mais férteis.

Híbridos desenvolvidos no Brasil apresentam maior resistência a pragas e doenças (Foto: Divulgação)

O clima tropical brasileiro agrava os desafios, favorecendo a permanência de pragas como a cigarrinha, cuja infestação cresceu 200% na última safra. Para enfrentar esses obstáculos, o setor investe em manejo integrado, defensivos agrícolas e inovação genética. “O desenvolvimento contínuo de cultivares mais produtivas e resistentes será decisivo para manter a competitividade brasileira no mercado global”, conclui José Flávio.

Fonte: TMG, adaptado pela equipe FeedFood.

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