João Paulo Monteiro, de Campinas (SP)
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O 13º Simpósio Nacional, organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), teve início nesta quinta-feira (23) em Campinas (SP), e trouxe à tona discussões cruciais sobre a sustentabilidade da pecuária brasileira. Dentre os participantes, destaca-se Maurício Velloso, pecuarista e presidente da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon).
Em entrevista à Feed&Food, Velloso enfatizou os diferenciais da agropecuária brasileira, considerada por ele como única no planeta. “Apesar de estudos da Embrapa e dados de entidades científicas internacionais respaldarem a sustentabilidade do setor, o Brasil precisa se posicionar de forma firme, enfática e científica”, acrescenta.
Em boa parte, as práticas adotadas no País, como a integração lavoura-pecuária, vão além da neutralidade das emissões de carbono, sendo capazes de gerar créditos. “Isso precisa ser reconhecido internacionalmente”, afirma Velloso.
Entretanto, o presidente da Assocon reconhece que a rápida evolução da agropecuária brasileira gera preocupações globais. “Vivíamos uma realidade ‘Flintstones’ até cerca de 40 anos atrás. Hoje, em um período curtíssimo, grande parte do Brasil se transformou-se em agropecuária ‘Jetsons’. Isso assusta o mundo”.
Na leitura e Velloso, a reação inicial do mundo não foi de parabenizar, mas sim de tentar bloquear a produção brasileira. “O objetivo é claro: manter o status quo do comércio alimentar global”, alerta Velloso.
Assim, não restam dúvidas, confirma o pecuarista: “Essa é uma briga que teremos que enfrentar para quebrar as resistências e mostrar ao mundo que a moderna agropecuária brasileira é a chave para um futuro mais sustentável e eficiente”.
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