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Marcos Rostagno fala sobre o caso de IAAP em suíno nos EUA

Detecção da Influenza Aviária em suínos é um alerta para o risco de adaptação do vírus a novas espécies, o que pode ampliar as possibilidades de transmissão
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Camila Santos I [email protected]

Na última quarta-feira (30), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e autoridades veterinárias do Oregon confirmaram o primeiro caso de infecção pelo vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em suínos no país. A doença foi identificada em um dos cinco suínos de uma pequena criação, que incluía também aves e gado, aumentando a preocupação sobre a disseminação do vírus em novas espécies.

Marcos Rostagno já atuou como Cientista de Pesquisa Animal do USDA (Foto: Divulgação)

Marcos Rostagno, especialista em Ciência, Inovação e Serviços Técnicos em Saúde e Nutrição de Aves e Suínos, destaca a relevância desse caso para a saúde animal e humana. “A detecção do H5N1 em suínos é um alerta para o risco de adaptação do vírus a novas espécies, o que pode ampliar as possibilidades de transmissão, pois, , embora casos em aves sejam comuns, essa é a primeira vez que o vírus foi encontrado em suínos nos EUA”, alerta.

Até o momento, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) considera o risco à saúde pública baixo, mas intensificou a vigilância. “Recomendamos precauções rigorosas, como o uso de equipamentos de proteção para quem trabalha com esses animais e uma busca rápida por atendimento médico caso surjam sintomas”, reforça Rostagno que já atuou como Cientista de Pesquisa Animal do USDA e que afirma que as infecções em humanos, raras até então, ocorreram em pessoas com contato direto com aves infectadas.

O aparecimento de H5N1 em uma espécie diferente gera atenção redobrada das autoridades sanitárias, como o CDC e o USDA. “Essa expansão para uma nova espécie nos lembra a importância de monitorar continuamente o vírus e entender suas possíveis mutações. Quanto mais ele se adapta a diferentes hospedeiros, maior a preocupação com a transmissão entre humanos”, observa Rostagno, enfatizando que até agora não há evidência de transmissão de pessoa para pessoa, mas o risco de adaptação é um fator sempre monitorado pelos especialistas.

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