Temas como o crescimento das exportações, a infraestrutura logística dos portos e o processo de reestruturação do Ministério da Agricultura (Mapa), foram a pauta da apresentação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, na reunião realizada nesta terça-feira (12), com cerca de 20 entidades representativas do agronegócio para discutir os principais avanços do setor ao longo de 2024 e definir prioridades para o próximo ano. Na oportunidade, o ministro enfatizou os resultados positivos do setor, em especial a abertura de novos mercados para produtos agropecuários brasileiros, reflexo do fortalecimento das relações diplomáticas e do empenho de equipes técnicas.
Fávaro destacou que, desde 2023, o agro brasileiro conquistou acesso a 274 novos mercados em 61 destinos internacionais. “Esse feito é resultado da boa diplomacia e da cooperação entre o Mapa, o Ministério das Relações Exteriores, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e as entidades do setor. Nosso objetivo é expandir as relações comerciais e, mesmo com a pressão sobre os preços das commodities, queremos atingir a meta de 300 novos mercados até o final do ano”, declarou.
Durante a reunião, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, apresentou dados sobre o crescimento econômico do agronegócio entre 2023 e 2024. “Apesar da queda nos preços médios de exportação de produtos como soja, milho e carne bovina, o setor teve um desempenho positivo, com volumes recordes de vendas em 2024. Os dados reforçam a importância do agronegócio para a economia, que respondeu por quase metade das exportações brasileiras de janeiro a setembro deste ano e gerou um crescimento significativo no emprego formal, especialmente na região Centro-Oeste”, disse Rua.
Além das discussões sobre exportações, Fávaro anunciou a criação de duas novas secretarias no Mapa: uma dedicada ao Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e outra para a promoção comercial dos produtos do agro. Outro ponto em pauta foi a posição do Brasil contra a Lei Antidesmatamento da União Europeia, com uma carta pedindo a suspensão da norma e defendendo a soberania nacional.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe FeedFood.
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