Camila Santos | camila@dc7comunica.com.br
Comemorado em 12 de outubro, o Dia Mundial do Agrônomo marca a regulamentação da profissão no Brasil, estabelecida pelo Decreto-Lei nº 23.196 de 1933, durante o governo de Getúlio Vargas. Esse marco é uma homenagem aos profissionais que contribuem para o crescimento da agricultura, pecuária e manejo sustentável dos recursos hídricos. Segundo o último levantamento do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), divulgado no segundo semestre de 2023, o Brasil conta com 93.745 engenheiros agrônomos registrados, em um universo de aproximadamente 150 mil formados, destacando a importância desses especialistas no agronegócio, que representa cerca de 25% do PIB nacional.
Vanessa Sabioni, engenheira agrônoma e fundadora da Agromulher, compartilha o que a motivou a escolher essa carreira: “Eu sou filha e neta de agropecuaristas, sempre vivi no meio agro. Quando fui prestar vestibular, a agronomia já vinha na minha cabeça pela inspiração familiar e pelas matérias que eu gostava.” Ela destaca a amplitude do curso e a base técnica sólida que oferece: “A agronomia não te prepara para empreender diretamente, mas te dá um 360 em várias áreas importantes.”
Vanessa, que enfrentou desafios no início de sua carreira, transformou essa experiência no projeto Agromulher, criado em 2017 para fortalecer a presença feminina no agronegócio. “Eu não tinha autoconhecimento, planejamento ou propósito. Foi durante esse período que criei o portal, usando minha habilidade em marketing e comunicação para apoiar outras mulheres.” A partir de 2020, o projeto passou a oferecer consultoria e workshops para empresas como Ambev e Nestlé, com foco no desenvolvimento de lideranças femininas.
Além do conteúdo online, o Agromulher expandiu sua atuação com a plataforma “Maedo Tech”, que oferece mentorias e benefícios para mulheres do agronegócio. O projeto continua a crescer, promovendo a participação feminina em um setor fundamental para o desenvolvimento econômico e sustentável do Brasil.
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