Dados recentes do IBGE afirmam que a criação de peixes ornamentais é o passatempo de aproximadamente 11 milhões de brasileiros, visto que em relação a outros pets requer pouco espaço, demandam menos cuidados, além da facilidade na aquisição de equipamentos. Com relação ao consumo de peixes ornamentais, o levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) informa que a região Sudeste se destaca, com 63% do mercado consumidor.
Seguindo o potencial do mercado, o IFC Amazônia, que ocorrerá de 12 a 14 de novembro no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém do Pará, trará para o centro das discussões a aquicultura ornamental e a aquariofilia como alternativas econômicas na região amazônica. O evento, que inclui o I Simpósio Internacional de Aquariofilia, visa explorar as oportunidades e os desafios enfrentados por essa atividade no contexto da Amazônia Legal.
Durante o simpósio, especialistas abordarão o panorama da aquariofilia no Brasil, destacando a necessidade de diretrizes mais claras para o ordenamento pesqueiro. O foco estará no desenvolvimento sustentável da aquicultura ornamental, atividade que, segundo Eliana Panty, CEO do International Fish Congress Brasil, pode representar uma importante fonte de renda para as populações ribeirinhas, com potencial de agregar valor através da captura seletiva de peixes ornamentais.
Altemir Gregolin, presidente do IFC Amazônia, destacou o potencial do Brasil no mercado de peixes ornamentais, enfatizando a biodiversidade única do país. “O Brasil possui a maior diversidade de espécies ornamentais do mundo, e a aquariofilia pode ser um caminho promissor para o desenvolvimento econômico da Amazônia”, afirmou Gregolin, ressaltando que é importante discutir a produção e o mercado dessa categoria, que faz parte de um segmento pet com grande faturamento global.
Além de oportunidades econômicas, o simpósio trará debates sobre a necessidade de um marco regulatório mais claro para a atividade. A regulamentação atual, estabelecida pela Portaria SAP/MAPA nº17/2021, já define critérios para o manejo e comercialização de espécies ornamentais, mas ainda existem desafios para garantir a segurança jurídica e a sustentabilidade da atividade na região. Segundo Felipe Weber, coordenador do simpósio, “o foco será o desenvolvimento sustentável da piscicultura ornamental, permitindo que ela se consolide como uma fonte de renda estável e sustentável”, informou.
Fonte: IFC Amazônia, adaptado pela equipe FeedFood.
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