O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, palestrou no encerramento do evento “O Diálogo sobre Transição Energética” (traduzido do inglês, The Energy Transition Dialogue), organizado pela Observer Research Foundation (ORF), na última sexta-feira (03), em Nova Délhi, capital da Índia.
Durante a palestra o ministro destacou que o Brasil sabe da própria responsabilidade com a preservação ambiental e que a transição energética é fundamental, relembrando ainda que o País tem liderado todas as ações que destinam-se à produção de combustíveis renováveis e energias limpas.
“O Brasil tem um programa de etanol como combustível para os nossos veículos há aproximadamente 40 anos. Temos, há 20 anos, o carro flex dando oportunidade de abastecimento aos nossos cidadãos com o combustível renovável, mas também incorporado junto ao combustível fóssil”, lembrou Fávaro em discurso sobre a história do Brasil com os biocombustíveis.
Além das questões de sustentabilidade relacionadas aos biocombustíveis, a produção de biodiesel, feita com matéria-prima nacional, gera empregos, oportunidades na agricultura familiar e na agroindustrialização, e garante mais estabilidade ao mercado de soja, também, consequentemente, as proteínas animais.
Para o ministro, o biocombustível não é concorrente da produção de alimentos. O Brasil se tornou um grande exportador de alimentos e um grande produtor do combustível, mostrando que é muito compatível gerar energia sustentável, biocombustíveis e produzir alimentos e que esses assuntos não são diferentes.
“Percebam que o Brasil há 50 anos era importador de alimentos e nesse período começou a desenvolver tecnologias para produzir mais, com qualidade e em quantidade, para o nosso suprimento e também para exportação. E praticamente no mesmo período começamos os programas de combustíveis renováveis e ao invés de causar qualquer insegurança alimentar pelo contrário, o Brasil cresceu”, explicou o ministro.
Fávaro terminou o discurso agradecendo por participar de um evento com tema importante para o Brasil e o mundo, e relatou que espera que a aliança global de biocombustíveis possa levar exemplos como esse para que cada vez mais o mundo produza energia limpa, renovável e de qualidade. “Desejo que ao final desse evento possamos trazer soluções e compromisso com o biocombustível”, concluiu.
Fonte: MAPA, adaptado pela equipe FeedFood.
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