A queda dos preços do produto no mercado internacional, que vem se acentuando desde o início do ano, continuaram afetando o desempenho das exportações totais da carne bovina brasileira entre in natura e processados. A receita no mês de outubro recuou de 1,223 bilhão de dólares em 2022 para 982,6 milhões em 2023, somando uma queda de 20%. A movimentação permaneceu estável no ano passado, sendo exportadas 234.063 toneladas, já este ano o número alcançou 240.946 toneladas, apenas 2,94% a mais.
De acordo com os dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), agrupados e analisados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), no acumulado do ano, a receita caiu em 23% até o mês de outubro, já no ano anterior, o acumulado do mesmo período registrou 11,37 bilhões de dólares, e este ano a queda foi de 8,76 bilhões. No volume, houve um leve crescimento, inferior a 1%, sendo movimentadas até o presente momento de 2023, 1.998.893 toneladas e em 2022, 1.994.804.
Para a ABRAFRIGO, o grande problema das exportações neste ano são os preços pagos no produto brasileiro pelos importadores. Em outubro do ano passado, os preços médios da carne bovina foram de 5.228 dólares por tonelada. Em outubro de 2023 houve uma queda para 4.078 por tonelada. No acumulado do ano, o preço médio de 2022 foi de US$ 5.727 por tonelada. Já este ano, caiu para 4.381.
O principal importador da carne bovina brasileira continua sendo a China, respondendo por 49% das vendas brasileiras no acumulado do ano. Em 2022, o país representou 53,1% do total exportado no período, se tornando responsável pela receita de 4,723 bilhões de dólares, que representou queda de 32,3% na arrecadação de divisas. No ano passado, até o mês de outubro, a receita somou 6,979 bilhões de dólares e os preços médios caíram de 6.621 dólares por tonelada para 4.819 neste ano. Com queda no volume de 7%, saindo de 1.054.088 toneladas para 980.016, entre os períodos analisados.
Os Estados Unidos se mantêm no segundo, sendo o maior importador da carne bovina do Brasil, aumentando a participação de 8% para 11,8%. Contudo, a movimentação cresceu 49,1%, passando de 158.260 toneladas no ano passado para 235.903 toneladas este ano, mas a receita caiu 0.9% devido à redução nos preços do produto.
Seguido do Chile, terceiro maior importador, movimentando 28,8%, do total de 82.314 toneladas em 2023 contra 63.927 toneladas em 2022. A receita foi de 322 milhões de dólares no ano, passando para 400 milhões neste, com alta de 24%.
Já Hong Kong ficou em quarto lugar, importando 82.350 toneladas no acumulado até o mês de outubro em 2022 e 94.857 toneladas em 2023, subindo 15%, mas com queda na receita de 0,1% , passando de 290 milhões de dólares para 289 milhões. No total, 74 países aumentaram suas importações até outubro, enquanto outros 96 reduziram as compras.
Fonte: A.I, adaptado pela equipe FeedFood.
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