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EUDR impulsiona pecuária brasileira para atender padrões globais

Adequação à lei antidesmatamento europeia fortalece competitividade da carne bovina em mercados internacionais
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A iminente vigência da Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR) impõe novos desafios ao setor pecuário brasileiro, que, como maior exportador mundial de carne bovina, busca se adaptar para atender às exigências não só europeias, mas de mercados globais. Em evento promovido pela Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável (MBPS), representantes do setor reforçaram a importância de uma adaptação que fortaleça a competitividade da pecuária brasileira nos principais mercados consumidores.

No segundo encontro da série “Diálogo Inclusivo – Oportunidades e Soluções para o Produtor Atender ao EUDR”, diferentes especialistas discutiram os principais desafios e apresentaram alternativas para que produtores rurais estejam alinhados à regulamentação europeia. O debate contou com a presença de Clecivaldo Ribeiro (Ministério da Agricultura), Marina Guyot (Imaflora), Ricardo Andrade (CICB) e Patrícia Arantes (SRB), mediado por Danielle Schneider (ABIEC).

Com um rebanho de mais de 230 milhões de cabeças e avançados sistemas de monitoramento ambiental, o Brasil já possui protagonismo na adoção de práticas sustentáveis. Contudo, para cumprir as novas exigências internacionais, o país deve aprimorar o monitoramento de fornecedores indiretos e ampliar a assistência técnica aos produtores. Iniciativas como o programa Boi na Linha, do Imaflora, e a plataforma AgroBrasil+Sustentável, em desenvolvimento pelo Governo Federal, representam avanços importantes na unificação de dados e no cumprimento de normas ambientais.

A íntegra do diálogo está disponível no Canal da MBPS no Youtube (Foto: Divulgação)

Ferramentas como o Guia CICB de Matérias-Primas, que orienta práticas de rastreabilidade na cadeia do couro, exemplificam o caminho para garantir a conformidade do setor. No entanto, os especialistas ressaltam que a cooperação entre os diferentes elos da cadeia é fundamental. “A solução dialogada, focando na cooperação entre os elos da cadeia, como acontece hoje, é o ponto principal quando a gente pensa em prosperidade econômica para o Agro”, destacou Patrícia Arantes, da Sociedade Rural Brasileira.

Fonte: MBPS, adaptado pela equipe FeedFood.

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