Quando o assunto é fortalecer a saúde intestinal dos animais é crucial entender que não existe uma bala de prata. Dentro dessa temática existem diversos componentes que precisam ser considerados de acordo com a realidade de cada produção. Em outras palavras, a manutenção do desempenho e bem-estar das espécies depende de uma série de fatores ao longo do processo produtivo.
De um modo geral, as ferramentas utilizadas para alcançar esses resultados são um complemento das estratégias criadas dentro das cadeias produtivas. E Felipe Dilelis, professor do departamento de Zootecnia da Esalq/USP, traz exemplos práticos: “Adianta fornecermos um aditivo que vai modular a microbiota, se estamos fornecendo uma dieta com excesso de proteína para esses animais? Quanto mais proteína, maior deposição de amônia no ambiente, o que acarreta em maior irritação, incidência de inflamação e doenças respiratórias”.
Ou seja, o caso acima ilustra a seguinte situação: o profissional está utilizando uma ferramenta para controlar a microbiota, mas, devido a uma estratégia nutricional, ele está piorando a condição desse animal.
A solução para este contexto é adotar uma visão integrada na produção. Isso inclui trabalhar com todas as ferramentas em conjunto, tanto as nutricionais e de ambiência quanto as de biosseguridade, para diminuir os desafios que estão sendo levados ao campo. “Porque não adianta investir em melhores aditivos, se os processos apresentam falhas dentro da granja”, alerta Felipe.
Portanto, é recomendada a prática de uma visão holística nos processos produtivos. Com esse olhar 360º, as decisões ficam mais assertivas e as tecnologias são direcionadas de forma mais adequada frente à realidade de cada produção.
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