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Encontro em Chapecó discutiu viabilidade da Rota do Milho entre Brasil, Argentina e Paraguai

Empresários e autoridades de três países se reuniram em Chapecó para discutir a implementação da Rota do Milho, que visa reduzir custos logísticos e aumentar a competitividade regional
Por Equipe Feed&Food

A Cooperativa Central Aurora Alimentos (Aurora Coop), em Chapecó (SC), foi palco, na terça-feira (21), de um encontro estratégico para a viabilização da Rota do Milho, que visa integrar o Brasil, Argentina e Paraguai. Organizado pela Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) e pelo BRIPAEM, o evento reuniu empresários, prefeitos e representantes dos governos desses três países, além de secretarias de Agricultura e Articulação Internacional de Santa Catarina. O projeto busca reduzir os custos logísticos no transporte de milho e aumentar a competitividade do agronegócio regional, especialmente no mercado do Mercosul.

O diretor-presidente da Aurora Coop, Neivor Canton, destacou a importância da Rota do Milho, um projeto aguardado há anos pelo setor. Segundo ele, a reunião com representantes de três países pode acelerar as negociações e abrir novos caminhos para a implementação dessa solução logística. “Cada reunião traz novos avanços e soluções. Contamos com a influência das autoridades para resolver essa questão”, afirmou Canton.

A criação da rota, que conectará o Paraguai, a Argentina e o Brasil, visa uma forma mais rápida e econômica de transportar a matéria-prima, favorecendo especialmente as agroindústrias catarinenses. A Associação Comercial, Industrial, Agronegócio e Serviços de Chapecó (ACIC) também defende a melhoria da infraestrutura ferroviária e rodoviária para complementar a Rota do Milho. O presidente da ACIC, Helon Rebelatto, acredita que a implementação da rota é viável e pode ser realizada de forma rápida, desde que todas as partes envolvidas cheguem a um consenso.

Encontro na Aurora Coop define estratégias para implementar a Rota do Milho, visando maior competitividade no Mercosul (Foto: Divulgação)

A futura rota será composta por um trajeto que começa em Major Otaño, no Paraguai, e segue até Chapecó, passando pela Argentina e pelo município de Dionísio Cerqueira (SC). Com uma redução de quase 50% na distância em relação à rota atual, que passa por Foz do Iguaçu, a nova rota promete aumentar a competitividade das indústrias locais e beneficiar produtores com maior rentabilidade. Durante o encontro, também foram resolvidos diversos entraves logísticos e burocráticos, com a garantia de que a operação das balsas entre os países está praticamente finalizada. A expectativa é que a Rota do Milho esteja completamente operacional até julho deste ano.

O processo de implementação da rota, no entanto, envolve desafios, especialmente no que diz respeito à fiscalização aduaneira. Os participantes do encontro destacaram a importância de um diálogo com o Congresso Nacional e o Itamaraty para superar obstáculos e finalizar os trâmites necessários. A comitiva acredita que, com os ajustes finais, a Rota do Milho trará benefícios significativos para as cadeias produtivas da avicultura e suinocultura, além de promover o desenvolvimento econômico da região.

Fonte: ACCS, adaptado pela equipe FeedFood.

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